Este 3º post está bem prazeroso. Não me compreenda mau, teremos uma dica importante sobre os caminhos da informação e a peculiaridade da estética e da prática. Até a próxima, boa leitura!
“Sob o ponto de vista cultural é perfeitamente possível confrontar a edição jornalística com a produção artística, pois o fenômeno se ramifica por todos os setores da arte e da própria cultura. Se por um lado as correntes impressionista e expressionista deflagraram uma nova visão da realidade formal, o layout de uma página de jornal ou de um cartaz publicitário, como elemento da cultura de massa, pode ser caracterizado como um modelo expressivo da moderna arte industrial.”
“Dentro do processo da comunicação visual, a intencionalidade da mensagem se baseia em fundamentos culturais, que pressupõem uma forma de operação. Praticamente tudo que os nossos olhos vêem pode ser interpretado como um processo de comunicação visual.”
“Bruno Munari, em sua obra Design e Comunicação Visual, nos chama a atenção para o fato de que dentro do processo da comunicação visual existem dois componentes fundamentais: a informação e o suporte. Segundo ele, "a arte é um fato mental, ligado ao conhecimento das coisas e dos meios da comunicação visual. As coisas não são mais do que a realidade na qual todos vivem, os meios são instrumentos que permitem tornar visível aquilo que o cérebro capta a partir dos estímulos externos". (1968: 75 e 76 )”
“No âmbito da comunicação visual, Munari ainda observa que no processo intencional a informação se direciona em dois caminhos: o da informação estética e o da informação prática.”
“Uma página impressa, em princípio, é uma grande massa. Forma e conteúdo provocam um exercício de Gestalt. O fenômeno é corriqueiro e pode ser observado por qualquer pessoa numa banca de jornais. Uma grande manchete, uma fotografia, espaços em branco e grandes áreas negras preenchidas por tinta. Preto e branco. De repente, a cor. Esta, mais envolvente, atuando de forma persuasiva e atraindo para si todo o centro da percepção planejada. Mas não é apenas isso. Há contornos, fios grossos e finos, quadrados, retângulos, a própria linha. Um ponto. Este, o elemento catalisador do movimento ótico, o princípio e o fim dos ditames visuais mais importantes a serem traçados na página.”
Rafael Souza Silva
Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP); mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP); professor do Programa de Mestrado em Comunicação - UniSantos; diretor e professor-titular da Faculdade de Comunicação UniSantos e jornalista.
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Thursday, 1 November 2007
Moderno desenho, o Grafismo como linguagem.
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design gráfico
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