Thursday 15 November 2007

O experimentalismo e a desconstrução tipográfica.



Confesso que teremos algo inédito eu acredito tanto nas demais blogsferas como também por aqui. A exemplo, os nossos estudos sobre Design, que sempre são publicados em 04 posts. Isso já não é comum nos blogs, mas, se faz necessário tendo em vista a complexidade dos estudos apresentados. Resumir um estudo em um post, além de não ser confortável para uma leitura rápida, acaba se obrigando sacrificar informações mais do que necessárias.

Bem, neste estudo, existe toda uma complexidade que necessita de uma maior abrangência de informações para que os aficionados em design como eu, possam ter de fato uma base sólida sobre o tema. Por isso, especialmente, este estudo será exposto em 08 postagens. E digo, não da para perder nenhum. Estaremos tendo como capas dos posts, as peças de Neville Brody, David Carson e Vicente Gil.

Com a ajuda do artista plástico e designer gráfico Jefferson Cortinove, reunimos um vasto material e com toda a sinceridade pude aprender muito nestes dias de pesquisa. Desejo a todos uma ótima leitura.

“Quando um designer gráfico vê um livro, o vê de forma diferente. Observa sua tipologia, analisa seu acabamento, o papel utilizado, os detalhes inseridos e principalmente a qualidade da impressão. O leitor comum, ao contrário, não é capaz de identificar fatores que tornam esse contato visual mais ou menos agradável. Dificilmente ele irá prestar atenção à tipologia e, muito menos, atribuir-lhe o fato de ter uma leitura confortável.”

“A menos que o livro contenha elementos gráficos diferenciados e capazes de despertar a atenção, a atitude do leitor tende a ser passiva, acomodada. No máximo, comentará que não há nada incomum no texto ou, então, reclamará com relação à dificuldade de leitura, caso a tipologia utilizada tenha uma formatação muito pequena.”

“Essa postura passiva e acomodada do leitor, aliada aos processos produtivos e industriais de materiais impressos, fez durante muito tempo com que os livros permanecessem quase que imutáveis. Os tipos eram apenas formas fixas a serviço da boa legibilidade, objetivo maior durante séculos. O conteúdo e as experiências gráficas apresentadas neste trabalho têm o objetivo de fazer o leitor pensar. Pensar em design gráfico e no enorme poder que o design tem, esse poder multiplicado pela própria evolução da tecnologia e pela conseqüente transformação no modo de produção.”

Vicente Gil
Designer Gráfico Brasileiro / Revolução dos Tipos / Tipografia Clássica




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...continua na próxima quinta.








0713 conv. Jefferson Cortinove

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