Tuesday 16 December 2008

#remix2 - Mickey Mouse: o clássico exemplo de copyright


Imagem destorcida propositalmente. A original é protegida por direitos autorais.

Continuando o meu #remix com algumas análises que fiz sobre uma das obras do autor Lawrence Lessig . No livro “Cultura Livre”, o autor relata a importância da liberdade na rede, fala sobre a pirataria, como também os perigos do controle atualmente defendido no mundo todo por grandes empresas e órgãos governantes. Hoje irei falar sobre um dos principais exemplos de copyright no mundo, lembrando que todo o conteúdo desta blogosfera é liberado por uma licença Creative Commons , esteja a vontade para compartilhar os textos na rede.


(Análise 2/2)

Mickey Mouse: o clássico exemplo de copyright

Os desenhos da Disney sempre foram repletos de enredos ricos, cheios de personagens de diversos filmes clássicos em voga na época. Os primeiros trabalhos eram feitos com imitações e pequenas variações de temas populares, novas versões de histórias antigas, foi sem dúvida à chave do sucesso para a Disney. E acredite, a grande maioria deles sequer foram pagos direitos autorais, até porque a lei estadunidense de certa forma ajudou este processo.

Nesta época, ou seja, em 1928 o domínio público tinha como duração média de copyright apenas 30 anos, e isso para o farto material do século XIX que estava protegido, praticamente todos já haviam prescrevido seus direitos autorais. Desta forma, estavam livres para os criadores dos desenhos animados.

De 1970 até 1978, a média de tempo para os direitos autorais nunca foi maior que 32 anos, segundo ao autor, isso significava que a “maior parte da cultura de uma geração e meia antes era livre, para servir de base a qualquer um sem a permissão de ninguém*”.

O que corresponderia nos dias atuais, que as obras das décadas de 1960 e 1970 estariam liberados para que o próximo Walt Disney pudesse também utilizá-los sem nenhuma preocupação.

Porém, o que vemos hoje é o cúmulo de personagens dos quadrinhos como o famoso Mickey Mouse, conhecido por diversos adultos que tiveram suas infâncias repletas por este personagem entre outros, impossibilitados de recombinarem novas histórias através dos mesmos. Tudo por que, a lei estadunidense mudou, “Em 1998, representantes da Walt Disney Company foram a Washington bastante preocupados. Acontecia que os direitos de uma curta de 1928 chamado ‘Steamboat Willie’, que estrelava um rato que depois se chamaria ‘Mickey Mouse’ iriam expirar em 2003, junto com outros personagens como Pluto, Pateta e Pato Donald. Mas a Walt Disney Company obviamente não achava que teve tempo mais do que suficiente para usufruir das criações do seu fundador e tratou de ampliar a vigência do copyright para mais alguns anos. Assim, a lei ‘Sonny Bono Copyright Term Extension Act’ (apelidada de ‘Mickey Mouse Protection Act’) acabou conseguindo mais 20 anos de proteção – de 75 para 95, um absurdo se comparada à média mundial de 50 anos**”.

Em poucas palavras, o que a Walt Disney pode usufruir no passado, ela sequer pensou no direito dos cidadãos de todo o mundo, impossibilitando praticamente durante um século todo que suas obras pudessem servir de estímulo a novos criadores, atravancando de maneira medíocre e injustificável todo o processo do uso-justo, este bastante pontuado pelo autor.

Posso concluir o quanto é prejudicial às condutas de controle da rede sugeridas ou impostas por governantes e empresas interessadas em manter seus atuais modelos de negócios. Ainda, fica constatado que a luta e defesa da liberdade na rede deve se arrastar por anos, tendo em vista a tamanha complexidade que a questão engloba.

Lessig sem dúvida, além de “ícone” da causa, também ilustra o seu conhecimento sobre as questões apresentadas, demonstrando analogias claras sobre os perigos do controle imposto pelas instituições aqui descritas.

Seu engajamento também serve como estímulo para todos os cidadãos empenhados na defesa dos direitos do uso-justo na internet e as novas atribuições atreladas às novas tecnologias.

Por fim, somente um levante mundial poderá em algum determinado momento mudar o atual panorama que tende a apoiar como insiste em práticas esdrúxulas para implementar tal controle. Todas estas, angariadas na sua maioria pelos órgãos governantes.


Fim.




Obra Consultada:
Lawrence Lessig: Obra “Cultura Livre”, ‘Como a grande Mídia usa a Tecnologia e a Lei para bloquear a Cultura e Controlar a Criatividade’, Edição traduzida por voluntários do projeto “Trama Universitário”, São Paulo, 2005”” distribuída por uma creative commons2 (Atribuição-Uso-Não-Comercial 1.0).


*Texto extraído em trecho disponível na obra do autor Lawrence Lessig “Cultura Livre”, material já citado no inicio desta análise e originado no capítulo 5: “Criadores”, página nº 47.

**Texto extraído em trecho disponível no site “Webinsider” escrito pelo autor Alvaro de Castro, publicado em 11 de outubro de 2002. Visualizado no link: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2002/10/11/copyright-95-anos-e-demais/







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Monday 15 December 2008

#remix: TV Digital Open Source e totalmente colaborativa, estou falando do Miro. Você já conhece?



Conhecer o projeto Miro foi realmente sem dúvida um ‘divisor de águas’ para mim. Através do mestre Sérgio Amadeu, pude ter a tamanha percepção da abrangência que este projeto tem. Além de compartilhar o conhecimento e a cultura, ele também abriu um novo parecer entre a TV e seus telespectadores. Porém, não se trata simplesmente do mero modelo centralizador televiso que estamos acostumados há anos e sim de um a conglomerado de webTVs e seus respectivos feeds.

Ora, durante anos fomos reféns do modelo clássico de dominação, isto é, os grandes grupos e seus modelos de negócio ditavam o horário e a programação que cada um de nós deveríamos assistir. Este aprisionamento ainda é rentável as Teles, logo, quaisquer iniciativas que vá contra esses princípios de dominação são duramente contestadas e em alguns casos, barradas definitivamente.

Não é a toa que no site do MIRO temos os dizeres "Não deixe que a Microsoft ou a Comcast decidam quais videos você pode assistir", deixando claramente o seu objetivo. O de compartilhar de maneira justa todos os vídeos dos internautas e em alta-definição. Toda a plataforma foi criada pela Participatory Culture Foundation (podemos dizer como a Fundação da Cultura Participativa), ela trabalha com a idéia de usar o RSS (Web syndication ou agregador e distribuidor de conteúdos digitais) interagindo com o BitTorrent para buscar vídeos que não podem ser vistos simplesmente pelo stream.

Bem, achei melhor também inserir neste post um #remix de alguns trechos dos textos do mestre e amigo Sérgio Amadeu, publicado no seu blog, que explica de maneira mais esclarecida inclusive em termos técnicos a dinâmica do MIRO.



(por Sérgio Amadeu)

“O avanço da digitalização atingiu uma fase que tem sido chamada de convergência digital. O que é isto? Mais do que a possibilidade dos conteúdos serem acessados por diversos tipos de aparelhos, a convergência digital permite que os grupos sociais que apostam na interatividade possam avançar suas práticas e ampliar os espaços para as suas idéias. Um destes grupos lançou o projeto MIRO. É mais uma articulação de pessoas que defendem o livre compartilhamento do conhecimento e da cultura. Entre os criadores do Miro temos Cory Doctorow, blogueiro, jornalista e escritor de ficção científica, co-editor do blog Boing Boing, e, um dos principais defensores do creative commons e da economia da pós-escassez.

Mas o que é o projeto MIRO? É uma plataforma em software livre para assitir e programar uma grade de vídeos no computador. Miro é a TV digital Open Source (de código aberto).

..., MIRO permite que você assine os feeds RSS de diversas webTVs e canais de vídeos que existem na Internet. Assim, as pessoas poderão montar sua própria programação de TV na web, eliminando intermediários e controladores de grade. Além disso, MIRO permite as pessoas assistirem seus vídeos preferidos independente do formato do vídeo, Qicktime, WMV, MPEG, AVI, XVID, entre outros. MIRO teve mais de 1 milhões de downloads, em 2006, e tudo indica que terá mais de 3 milhões este ano. Os produtores de vídeo que querem ser conhecidos, que buscam mostrar seus trabalhos o mais amplamente possível precisam dispor um feed RSS de vídeo em seus site. Assim, os milhões de internautas que já estão usando a plataforma MIRO poderão acessar rapidamente estes vídeos.

A comunidade que desenvolve o MIRO precisa de apoio. Eles dizem: "Miro é parte de uma luta para manter aberto o espaço para o vídeo online". Que luta é esta? Dezenas de grandes corporações estão tentando aprisionar os criadores de vídeo e seus leitores em sistemas proprietários de distribuição. Para eles, tal modelo é uma forma inteligente de fazer dinheiro, uma vez que força os espetadores e criadores a utilizarem exclusivamente suas ferramentas. Mas esses sistemas também são uma ameaça direta à liberdade na Internet. Para os criadores da MIRO, se estas empresas, atuando como gatekeepers (porteiros digitais), passam a decidir o que as pessoas podem ou não podem ver, é a liberdade de expressão no ciberespaço que está ameaçada.”

Para ler o post inteiro do Sérgio, clique aqui.





Baixe aqui o software do MIRO, e claro, comece você mesmo a conhecer esta fantástica ferramenta. Aliás, a divulgue também!





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Wednesday 10 December 2008

#remix - "Pirataria: o uso incorreto e a indistinção da lei"



Olá caros leitores, estou chegando próximo dos meus ‘sagrados’ dias de folga no fim de ano. Que, aliás, são mais que merecidos, depois te toda a correria que tive nestes meses. Bem, vou aproveitar estas últimas semanas antes da blogosfera “willpubli” entrar de ‘férias’ por alguns dias para compartilhar algumas análises que fiz sobre uma das obras do autor Lawrence Lessig. A temática é de grande interesse para todos os usuários da rede. No livro “Cultura Livre”, o autor relata a importância da liberdade na rede, fala sobre a pirataria, como também os perigos do controle atualmente defendido no mundo todo por grandes empresas e órgãos governantes. Aproveite a leitura e claro, compartilhe na rede, lembrando que todo o conteúdo desta blogosfera é liberado por uma licença Creative Commons, ao todo serão três textos.



(Análise 1/2)


Pirataria: o uso incorreto e a indistinção da lei

Em todo o mundo, o uso do termo Pirataria vem ganhando uma notoriedade espantosa, podendo dizer que após o Napster nunca se fora tão questionado diversos hábitos na rede entre eles o de baixar músicas na rede.

Muitas gravadoras, em sua maioria americanas reivindicam seus direitos sobre as mais variadas obras, sendo que o próprio país americano em seus primeiros 100 anos de existência sequer respeitava tais direitos de obras estrangeiras, dado este citado pelo autor. Como será publicado na próxima semana (Mickey Mouse: o clássico exemplo de copyright).

Mas não podemos falar de Pirataria sem antes compreendermos melhor o uso do termo. Vejamos, as campanhas que abordam a temática, sugerem exaustivamente que você não pode, por exemplo, entrar em uma biblioteca e levar um livro sem autorização ou que tenha feito à devida compra do mesmo. Claro que isto, ou seja, levar um livro sem autorização, acarreta em uma unidade a menos na prateleira, logo, temos uma apropriação indevida como também um ato ilegal.

Já no caso dos downloads de MP3s na internet, a situação em nenhum momento pode ser classificada como a mesma citada acima. Isto é, ao baixar uma cópia de uma faixa, você não a retirou e nem tão pouco impossibilitou que outro usuário também compartilhasse o mesmo arquivo, pelo o contrário, o mesmo conteúdo baixado por você ainda continua no mesmo local e disponível para os outros usuários.

Temos aí, uma situação inversa ao verdadeiro significado da palavra Pirataria, que por sua vez é classificada como “roubo ou extorsão”. Logicamente, em nenhum momento o autor defende qualquer conduta que desrespeite os termos de copyright sobre as obras, e sim, discute o entendimento errado por parte das empresas e instituições jurídicas. Ainda segundo o autor, podemos classificar a ambigüidade atribuída à pirataria como “a mecânica da pirataria do intangível é diferente da mecânica da pirataria do tangível1”.

Lessig, específica quatro classificações para os usuários que se enquadram no suposto crime de pirataria, são elas:
A)Usuários que baixam em vez de comprar;
B) Aqueles que usam as redes p2p para ouvir uma amostra da música antes de comprá-la;
C) Os que usam para ter acesso a conteúdo protegido ou que não esteja sendo mais vendido;
D) Usam p2p para acessar conteúdo sem copyright e cujo dono quer distribuí-lo gratuitamente.

Um outro exemplo que poderíamos citar sobre uma relação um tanto quanto curiosa e que já foi vista em diversos outros casos, é citado pelo autor como talvez um possível álibi, o de que a pirataria possa ajudar o titular do copyright. Ele cita como exemplo que quando os chineses “roubam” o Windows, “isso os torna dependentes da Microsoft”.

A Microsoft perde o dinheiro que poderia ser ganho com a venda dos programas pirateados, mas em troca tem cada vez mais um maior número de usuários acostumados ao seu mundo. Uma vez que, ao invés de piratear o sistema operacional Microsoft Windows, os chineses optassem pelo GNU/Linux, por conseqüência não seria comprado produtos Microsoft. Sendo claro, sem a pirataria a Microsoft sairia perdendo.

O que preocupa as grandes empresas, entre elas os diversos monopólios do mercado, é que a maneira de negócio mudou e mudou muito rápido. Muitas lutam com unhas e dentes para protegerem os modelos que mais as favorecem, para isto utilizam-se das maneiras mais ‘tenebrosas’ para controlarem seu market share.



Obra Consultada:
Lawrence Lessig: Obra “Cultura Livre”, ‘Como a grande Mídia usa a Tecnologia e a Lei para bloquear a Cultura e Controlar a Criatividade’, Edição traduzida por voluntários do projeto “Trama Universitário”, São Paulo, 2005”” distribuída por uma creative commons2 (Atribuição-Uso-Não-Comercial 1.0).







Continua...





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Thursday 4 December 2008

“O mundo digital é o mundo da convergência”



O tópico deste post foi um dos diversos temas discutidos em aula na pós-graduação neste ano. Onde muitas vezes os consensos aleatórios entre os presentes apontavam para um mesmo caminho, o da convergência entre os meios.

Ora, as mudanças vistas atualmente já superaram e muito diversas analogias e hipóteses criadas no passado, outras, porém, antecederam com uma certa precisão o que estaria para acontecer anos a frente. Bem, a questão aqui não irá tratar de opiniões ‘essas ou aquelas’, apenas irei chamá-los para uma reflexão orientada sobre alguns pontos desta atualidade.

Como imaginar a quinze anos atrás que poderíamos ler artigos da Finlândia com apenas um clique e em tempo ‘assustador’ velozmente no tamanho da nossa necessidade. Ou ainda, que poderíamos enviar textos, fotos e vídeos nas caixas de email dos nossos amigos, todos eles sendo enviados por pacotes e endereçados através dos cabeçalhos, todos devidamente com seus protocolos. É realmente fascinante o que acontece em milésimos de segundos quando enviamos algo pela rede.

Uma vez que os conteúdos viraram um ‘amontoado’ de zeros e uns, ou como classificamos, a brilhante linguagem binária, os nossos arquivos se desprenderam de seus suportes. Fazendo com que fosse aberto um parecer até então pouco imaginável.

Atualmente é tão simples o ato de enviarmos um SMS para informamos sobre o atraso da chegada a reunião no celular do chefe, recadinhos para amigos e até as mobilizações como SmartMobs e FlashMobs sem sequer pararmos para refletir no que antecedeu isso. Como já fora dito pelo o professor Vicente Rafael “A cultura do SMS é inerente e subversiva”.

Em pensar que o Brasil tem um número bem maior de celulares que a Venezuela, ainda sim, usa muito menos o SMS que o país vizinho pelo alto preço cobrado por este serviço. Este é um dos grandes problemas enfrentados hoje por todos nós, aonde, ainda não vimos eu diria nem um terço do que o mundo digital nos prepara.

Grandes empresas insistem em controlar e podar o direito do uso justo dessas tecnologias pelos interagentes. Fazendo com que desta forma as travas impossibilitem o inegável desenvolvimento das práticas e hábitos sociais. Não se pode negar que o meio digital superou o meio analógico, se ele se manterá por toda a vida, não me cabe tamanha certeza, mas, não me hesito em dizer sobre sua superioridade.

Por exemplo, o mercado digital mundial atualmente é formado por apenas 8,8% do mercado de TVs, já a sua maioridade é ‘recheada’ pelas empresas de Telecom. Essas operadoras que dominam a telefonia móvel e fixa, agora estão também oferecendo diversos outros serviços, mais uma vez, estamos vendo os fenômenos da convergência que o mundo está vivendo.

O que preocupa as grandes empresas, entre elas os diversos monopólios do mercado, é que a maneira de negócio mudou e mudou muito rápido. Muitas lutam com unhas e dentes para protegerem os modelos que mais as favorecem, para isto utilizam-se das maneiras mais ‘tenebrosas’ para controlarem seu market share.

Por exemplo, no mundo analógico tínhamos um espectro definido e com os seus respectivos donos de freqüências, no mundo digital tudo isto mudou, tanto que nos E.U.A já estão leiloando diversas freqüências de espectro que antes estavam em uma determinada “zona desmilitarizada” se posso dizer isso, ou seja, entre uma freqüência e outra existe diversas faixas não usadas. O Google mesmo já adquiriu diversas delas, o que são classificados como “whitespaces” ou espaços em branco no ‘confuso’ português.

Recentemente no mesmo país que faz de tudo para exercer o seu domínio sobre a rede, um juiz americano determinou que fossem doadas algumas freqüências do espectro para o uso de escolas e entidades públicas, desde que as mesmas atendessem as normas de utilização. Em outras palavras, eu não preciso pagar para andar de carro na avenida Paulista aqui em São Paulo, mas, tenho que estar com o meu carro em dia com as regras de trânsito e licenciado para utilizar as vias na cidade. A mesma coisa acontece no ciberespaço e suas vias de ‘navegação’.

Como o ilustre Lawrence Lessig já falava em suas obras sobre as vias no ciberespaço, a convergência que estamos vivendo ainda irá transformar muita coisa, a única ressalva é que estamos à mercê dos dominadores e detentores do poder. Uma vez que muito do que imaginamos ser novo na internet, já poderia existir a muito tempo se não fosse o controle exercido por alguns.

Para finalizar, refletimos na seguinte observação: “Quanto mais se abre à possibilidade de comunicabilidade ao ser humano através das tecnologias, aumentam ainda mais o controle humano”.

No mais, devo voltar esta temática futuramente.





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Tuesday 2 December 2008

Concurso Peixe Grande supera número de inscrições mais uma vez. Confira os trabalhos vencedores.



Em mais uma edição do Concurso Peixe Grande promovido pela “Revista Webdesign” de publicação da Editora Arteccom, as inscrições superaram as expectativas. Segundo a matéria publicada na edição de nº 60, foram ao todo 937 sites inscritos, onde 235 na categoria agência, 442 na categoria freelancer e 260 na categoria blog. Foram contabilizados 29.350 votos válidos e mais de 80 mil acessos ao site da premiação.

Foi com muita alegria que recebi a noticia de que um grande parceiro e amigo fora eleito o vencedor geral na categoria “freelancer”, o grande Rodrigo Manfredi levou a premiação como melhor site no quesito ‘Interatividade’ e por fim foi eleito o melhor trabalho pelo júri técnico. Ao ler a matéria não me hesitei em ligar para dar os meus parabéns, e ironia ou não, quando fiquei sabendo que seu trabalho havia sido escolhido pelos jurados do evento, deixei claro a ele que seu portfolio já fora eleito e provavelmente seria sim um dos vencedores. Manfredi, com sua simplicidade toda disse “que achava muito difícil isto ser certeza”. Não deu outra, ele faturou o mais que merecido prêmio.

Bem, antes de fechar esta postagem com os nomes e hiperlinks dos ganhadores, aproveito para parabenizar a todos que faturaram o prêmio, também aos que concorreram e logicamente, mandar o meu grande abraço a toda a equipe da Revista Webdesign por mais esta edição do já respeitado nacionalmente prêmio “Peixe Grande”, a todos felicidades.

A seguir, confira a lista (como a ‘listinha’ é um pouco extensa, vai o link apenas dos vencedores na classificação do Júri Técnico):Você pode conferir a lista toda aqui.



Vencedores Júri Técnico – Agências

QUESITO: ORIGINALIDADE
Case Vencedor: Maria Filó (http://www.mariafilo.com.br/)
Agência: 6D Estúdio (http://www.6d.com.br/)

QUESITO: USABILIDADE
Case Vencedor: Lenine (http://www.lenine.com.br/)
Agência: Tecnopop (http://www.tecnopop.com.br/)

QUESITO: APLICAÇÃO DE MULTIMÍDIA
Case Vencedor: Heineken (http://www.heineken.com.br/)
Agência: Diretta Web (http://www.diretta.com.br/)

QUESITO: DESIGN
Case Vencedor: Maria Filó (http://www.mariafilo.com.br/)
Agência: 6D Estúdio (http://www.6d.com.br/)

QUESITO: TECNOLOGIA
Case Vencedor: Heineken (http://www.heineken.com.br/)
Agência: Diretta Web (http://www.diretta.com.br/)

QUESITO: PÚBLICO-ALVO
Case Vencedor: Encarnação do Demônio (http://www.encarnacaododemonio.com.br/)
Agência: Mkt Virtual (http://www.mktvirtual.com.br/)

VENCEDOR GERAL
Case: Maria Filó (http://www.mariafilo.com.br/)
Agência: 6D Estúdio (http://www.6d.com.br/)


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Vencedores Júri Técnico – Freelancers


QUESITO: INTERATIVIDADE
Case Vencedor: Rodrigo Manfredi (www.rodrigomanfredi.com/08/)
Profissional Freelancer: Rodrigo Manfredi (www.rodrigomanfredi.com/08/)

QUESITO: USABILIDADE
Case Vencedor: Frazz (http://www.frazz.com.br/)
Profissional Freelancer: Marcello Manso (http://www.frazz.com.br/)

QUESITO: DESIGN
Case Vencedor: André Faccioli (http://www.andrefaccioli.com.br/)
Profissional Freelancer: Vanderson Arruda (http://www.andrefaccioli.com.br/)

VENCEDOR GERAL
Case: Rodrigo Manfredi (www.rodrigomanfredi.com/08/)
Profissional Freelancer: Rodrigo Manfredi (www.rodrigomanfredi.com/08/)


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Vencedores Júri Técnico – Blogs


QUESITO: CONTEÚDO
Case Vencedor: Tableless (http://www.tableless.com.br/)
Blogueiro: Diego Eis (http://www.tableless.com.br/)

QUESITO: DESIGN
Case Vencedor: Loodo (http://www.loodo.com.br/)
Blogueiros: Caetano Borges e Raphael Aleixo (http://www.loodo.com.br/)

VENCEDOR GERAL
Case: Tableless (http://www.tableless.com.br/)
Blogueiro: Diego Eis (http://www.tableless.com.br/)






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Friday 28 November 2008

#2 Comutação Verbal - "As novas interfaces do jargão "Web 2.0" podem estimular até que ponto a participação dos usuários?"




(por Julius Wiedemann)

Eu acho que mais que a participação dos usuários, a web 2.0 tem de ser um conector entre todos que estão na rede.

Recentemente a revista The Economist (edição de 11 de Outubro de 2008) publicou uma matéria sobre as revoluções tecnológicas que chegam tardias, tais como o paperless office, o carro elétrico ou a vídeo call...

E apontou três motivos básicos: um de ordem social (paperless office, que parece agora estar acontecendo; depois de um aumento no consumo de papel por mais de 2 décadas, o consumo esta caindo desde 2001 em escritórios, por conta de uma nova geração de trabalhadores), outro de ordem tecnológica (como a banda larga em celulares necessária para se poder usar vídeo call), e o último por conseqüência de um choque externo (caso dos carros elétricos que pela questão do meio ambiente estão sendo agora necessários).

Bom, tudo isso pra dizer que a Web 2.0 se encaixa na primeira categoria, e sua influência nesta transformação.













A blogosfera brasileira os agradecem!



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Monday 24 November 2008

#remix: A Shared Culture




Uma Cultura Compartilhada:
Para celebrar sua
campanha de arrecadação de fundos de 2008, o Creative Commons lançou "Shared Culture" (Uma Cultura Compartilhada), um vídeo do renomado cinegrafista Jesse Dylan. Conhecido por uma variedade de filmes, clipes musicais e inclusive o vídeo de campanha, "Yes We Can", do candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, Dylan visa divulgar a missão Creative Commons através de "Shared Culture".

O vídeo conta com os principais pensadores por trás do Creative Commons que explicam como a organização está ajudando criadores a compartilharem suas obras com o público de maneira simples através de ferramentas gratuitas para permitir a disseminação legal e a própria criação de obras derivadas (ou “remixagens”).

São exibidos trechos de entrevistas intercalados com dezenas de fotos licenciadas em CC. A trilha sonora, composta de duas faixas da banda Nine Inch Nails, também destaca a funcionalidade da “cultura compartilhada” através das faixas “17 Ghosts II” e “21 Ghosts III”, também licenciadas em Creative Commons.

Acesse a página do “Shared Culture” para ter acesso a mais informações (incluindo créditos completos), a todas as imagens usadas e ao próprio arquivo do vídeo em diferentes formatos.




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Wednesday 19 November 2008

#2 Comutação Verbal - "As novas interfaces do jargão "Web 2.0" podem estimular até que ponto a participação dos usuários?"



Esse é o segundo quadro do ‘comutação verbal’, e sem dúvida, é muito bom contar com a colaboração dos nobres que gentilmente estão compartilhando suas observações neste espaço. A seguir, acompanhe os relatos de Pedro Cabral (CEO – AgênciaClick e Presidente Isobar América Latina) cordialmente encontrou um ‘espaço’ na sua agenda, já na próxima semana é vez de Julius Wiedemann (Editor Chefe da Editora Taschen – Cambridge, UK), e que me permita, veterano nesta blogosfera, já participou algumas outras vezes também, a blogosfera brasileira os agradecem!



(Por Pedro Cabral)



Web 2.0 e a participação das pessoas.

A chamada web 2.0 tem como principal característica a postura participativa. As pessoas se deram conta de que a atitude passiva é pouco pra sua própria inquietude e optam por protagonizar a cena.

Claro, esta postura de protagonista pode se dar com intensidades diferentes. Existem aqueles que criam os movimentos, os que propagam e os que observam e simplesmente comentam ou endossam. Mas o fato é que quase ninguém mais fica passivo diante das questões públicas, das histórias, dos produtos que consome, da vida dos amigos ou da vida alheia.

Neste cenário novo o tempo de cada um de nós passa a ter um desenho próprio e único. Não existem mais pessoas com comportamento midiático padrão! Cada indivíduo passa a ter o comportamento de mídia (uso dos meios) dos seus interesses vigentes mais vivos e presentes. Certamente o “campeão de audiência” do Carlinhos é a página do Orkut da Juliana, a garota por quem ele está apaixonado hoje. Assim como a Juliana pode estar passando a maioria do seu tempo entre conversas no Messenger e no seu celular, enquanto sua mãe 20 anos atrás gastava este tempo babando a figura do Antônio Fagundes nas novelas.

A comunicação ficou mais fácil. Revelar-se ficou mais fácil. Conhecer o outro também. Conectar-se, sem dúvida. E, mais interessante, ficou também mais popular. Que os jovens já tratam a TV como apenas mais um ruído de background num processo de time sharing com Messenger, celular, videogames e videos on demand, não temos dúvida. Isto já aparece até nas novelas da TV.

Mas o que pouca gente tem visto no meio publicitário é a classe C altamente engajada e conectada através da internet. O mercado publicitário ainda usa a desculpa de que a internet ainda é coisa de elite, enquanto quase 60 milhões de brasileiros já estão nessa!

Gostaria de compartilhar com vocês dois vídeos:

1- Um papo com o jovem Matheus de 16 anos.
2- Um papo com uma família que se vira pra viver melhor usando a internet em Paraisópolis.


Acho que isso é a cara do que está acontecendo agora no Brasil.




#Reclame - Papo com Matheus:






#Família da Comunidade de Paraisópolis:








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Thursday 13 November 2008

Flash mob contra o Projeto de Lei do senador Eduardo Azeredo.



WARNING: Todos estão convidados!

Sexta, 14 de novembro, 18:00 hs, vamos organizar o primeiro flash mob pela liberdade na Internet, contra o Projeto do senador Eduardo Azeredo.

Em São Paulo : A idéia é nos reunirmos por 30 segundos no canteiro central da Av. Paulista, 900 (em frente o Objetivo).


No Rio de Janeiro: A idéia é nos reunirmos por 30 segundos na Cinelândia em frente à Camara Municipal.


As pessoas devem trazer uma folha de sulfite escrito NÃO AO PL AZEREDO.


Querem aprovar o projeto na próxima semana, precisamos retomar as manifestações. O flash mob pode incentivar o protesto e a ação ativa das comunidades.

Blogueiros: estejam presentes para fotografar, filmar e postar sobre o assunto depois!


Porque somos contra o Projeto de Lei do Azeredo:
Os artigos do projeto substitutivo do senador Eduardo Azeredo (PL 84/99, na Câmara, PLC 89/03, no Senado) 285-A, 285-B, 163-A e 22 implantam uma situação de vigilantismo, não impedem a ação dos crackers, mas abrem espaço para violar direitos civis básicos, reduzir as possibilidades da inclusão digital, elevar o custo brasil de comunicação e transferir para toda a sociedade os custos de segurança que deveriam ser apenas dos bancos.

A sociedade civil, pesquisadores de cibercultura e milhares de pessoas assinaram o "Manifesto em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira" que ultrapassou 119 mil assinaturas.




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Tuesday 11 November 2008

Na próxima semana: #2 Comutação Verbal







Temática em pauta de discussão:



"As novas interfaces do jargão "Web 2.0" podem estimular até que ponto a participação dos usuários?"



Com as participações dos nobres Pedro Cabral (CEO – Agência Click) e Julius Wiedemann (Editor Chefe da Editora Taschen – Alemanha).





Fique atento e confira na próxima semana o que eles irão dizer no Comutação Verbal. Aguarde!







Monday 10 November 2008

O primeiro case político digital muda ou não a esfera nos próximos anos?



Depois de dias tumultuados, em que minha mesa de trabalho esteve repleta de jobs e mais jobs, consegui finalmente escrever um pouco para a blogosfera (o que me causa uma aflição ficar sem postar aqui por muito tempo) e ter a oportunidade de falar um pouco da minha análise sobre o case digital do Obama. De imediato, não irei falar sobre questões políticas neste post, pois, já pude ler vários blogs excelentes com autores que entendem muito da esfera política, a questão aqui é sobre a mudança que Obama e suas estratégias digitais causarão no mundo.

Até bem pouco tempo atrás, não poderíamos imaginar um candidato à eleição em qualquer lugar do mundo fazendo o uso maciço da internet para os devidos fins da política. Muito menos, ter a certeza do sucesso que o bom uso das diversas ferramentas digitais poderiam possibilitar, gerando assim um movimento em prol de uma candidatura em uma abrangência mundial, com direito a comunidades em diversas plataformas de relacionamento digital, o uso do twitter, blogs, canais no Youtube, sites e informações diárias com o envio de e-mails cadastrados pelas milhares de pessoas ansiosas por acompanhar a trajetória do candidato. Ainda, estrategicamente, tivemos o uso de um viral uma semana antes das eleições americanas, onde se destacava a grande culpa dos eleitores que não foram votar.

Obama, não só conseguiu estimular milhares de eleitores nos E.U.A a irem para as urnas, como ‘assustadoramente’ prendeu a atenção de milhares de internautas no mundo todo. Fazendo com que desconhecidos começassem uma espécie de “Obamamania”, desenvolvendo sites a favor do candidato, outros com humor e ironias entre os concorrentes a Casa Branca, sem falar das centenas de comunidades que surgiram tanto no Orkut, como também no MySpace, ambas as mais visitadas mundialmente.

Agora Obama surpreende mais uma vez, criou um canal no Youtube para que todos de qualquer lugar do mundo acompanhem a transição de poder entre seu governo e o atual de Bush. Se é surpreendente? Ora, sem dúvidas, não só surpreendente como também acaba de quebrar todos os possíveis paradigmas que predominavam até o momento.

O case digital do candidato revolucionou todas as iniciativas até este atual posicionamento do mundo frente às novas tecnologias disponíveis e suas possibilidades de uso com a política. A influência e as experiências que o presidente eleito americano trouxe para o cenário, nos deixa claro algo em especial. Enquanto alguns ‘abestalhados’ ainda não se deram conta da necessidade da rede e o seu uso em prol da democratização e transparência de qualquer desdobramento político, como no caso do Brasil ao termos a esdrúxula proibição do uso da internet em nossa eleições, estamos vivenciando o outro lado.

Mas, isso não apenas nos serve, o mundo todo incluindo os próprios americanos se viram radicalizados e transformados com tudo o que aconteceu nestes últimos meses.

O fruto das estratégias e a relação com os interagentes na rede, além de possibilitar uma remixagem de conteúdos, mostrando a todos os “medíocres entendedores” que a esfera mudou, entramos na talvez, possibilidade do fim da obscuridade nos trâmites políticos e seus bastidores sendo ‘assistidos’ em tempo real.

Uma das ressalvas principais é qual será o tamanho da resistência que os comungados conservadores irão se desdobrar contra os efeitos da rede sobre a esfera política?

Muda ou não? Eu digo, já mudou...




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Monday 3 November 2008

Você sabe como o Orkut chegou ao Brasil?



Muitos até hoje se espantam com o sucesso do Orkut no Brasil, outros se quer se questionam o por que de tanta aceitação por parte dos brasileiros a esta plataforma de relacionamentos digitais. O fato é, que o Brasil já estão sendo considerado por diversos analistas como um “grande celeiro para experiências digitais”, fazendo com que inúmeras corporações de todo o mundo, a maioria americanas e européias se voltarem para o País e observarem atentamente o que acontece aqui.

Hoje o Brasil já corresponde a mais de sessenta porcento dos usuários dessa plataforma no mundo. Tamanha participação fez com que o Google instalasse um dos seus grandes diretores na sede do Google Brasil na cidade de São Paulo, justamente para acompanhar de perto os hábitos e a interação dos brasileiros. Além disso, são os “brazucas” responsáveis desde então por todas as alterações realizadas na interface do Orkut.

Enquanto um americano envia dez convites de alguma ferramenta nova para alguns amigos, o brasileiro, pela sua facilidade em aderir coisas novas intrínsecas a sua curiosidade pelo novo, envia convites para quase toda a sua lista de e-mails. Sendo mais objetivo, podemos exemplificar desta maneira, um ‘gringo’ convida no máximo dez pessoas, um ‘brazuca’ chega a convidar mais de cinqüenta, isto talvez explique a proliferação em um curto espaço de tempo de inúmeras plataformas utilizadas hoje.

Bem, vocês podem estar se perguntando, e o Orkut, como veio parar aqui? Se não fosse o feeling do grande entusiasta da tecnologia John Perry Barlow, este processo poderia ter sido diferente. Vejam vocês, passados alguns meses após a criação do Orkut, Barlow recebeu cem convites para distribuir entre amigos (para quem não se lembra o Orkut era uma plataforma fechada até a sua aquisição pelo Google), ele não pensou duas vezes, decidiu enviá-los todos para as pessoas influentes que conhecia no Brasil.

Para a surpresa de Barlow, ou melhor, a confirmação do que ele já acreditava, porém, não imaginaria que seria tão rápido, o Orkut se popularizou entre os brasileiros em uma velocidade inacreditável. Em pensar que quando obtive meu convite para ingressar na ferramenta, meses depois o Google a abriu para todos se convidarem. Foi muito bom ter tido pelo ao menos um pouco da experiência quando a esfera ainda girava em torno das comunidades acadêmicas na sua maioria.

Sobre o uso “tosco” do Orkut nos dias atuais, isto, com certeza é tema para um outro post, mas já adianto, a ferramenta é sem dúvida uma das mais elaboradas na esfera de relacionamentos sociais digitais, no entanto, na minha sincera opinião, o que falta é uma “educação digital” para os brasileiros. Os valores e as diversas maneiras de contribuição atreladas ao o uso da internet.

A seguir, clique no link abaixo para assistir o vídeo com uma entrevista de John Barlow no blog “Ecologia Digital”.


Acesse: http://ecodigital.blogspot.com/2008/02/john-barlow-explica-o-fenmeno-orkut-no.html









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Wednesday 29 October 2008

Falando sobre Redes Socias Digitais na Cásper Líbero.



Mesmo com dois tópicos em pauta para postar, onde um deles é sobre o surgimento do Orkut no Brasil, realmente não consegui tempo suficiente até agora para sentar e por em ordem as minhas análises rascunhadas no meu bloco de anotações. Um dos motivos foi o convite e a confirmação de última hora para palestrar sobre Redes Sociais Digitais hoje na Faculdade Cásper Líbero.

A pedido do grande mestre Marcelo Coutinho (Diretor de Tecnologia do IBOPE Intelligence) professor dos cursos de Pós-Graduação da Fundação Cásper Líbero, estarei hoje às 19:30h na sala Petrobras do bloco de pós-graduação da entidade para os alunos da disciplina de Comunicação e Negócios na Era Digital.

No entanto, já estou preparando dois novos posts e irei me agendar para publicá-los ainda nesta semana. Um deles já adiantei no primeiro parágrafo desta postagem, o outro irá tratar de uma das minhas análises sobre os textos do autor Lawrence Lessig, onde o pensamento será em torno de uma das célebres frases retratadas por ele sobre o julgamento norte-americano dos irmãos “Causbys” em 1945 na Carolina do Norte, relatada no livro “Cultura Livre” traduzido no Brasil pelos alunos da Trama Universitário e publicado pela Editora Francis, 2005.

A frase dita pelo então juiz do caso foi “O bom senso se revolta com a idéia”. Bem, essa história tem tudo a ver com o conceito da ‘Cultura Livre’, tema de um dos próximos blocos do quadro “Comutação Verbal”.

Realmente, é um dos meus temas preferidos e modéstia parte, vale a pena conferir, ainda mais se você for um dos aficionados pela ‘cultura de rede’.

Até a próxima...





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Sunday 26 October 2008

Willpubli fala sobre o movimento “Blogagem de Qualidade” no SBT.



Foi muito bom ter recebido o convite para dar uma entrevista ao programa “Realidade” apresentado e dirigido pela jornalista Ana Paula Padrão no SBT. Por indicação do Renato Di Giorgio, a equipe do programa gravou o bate-papo com a repórter Patrícia Travassos no meu local de trabalho. A conversa durou aproximadamente trinta minutos, com certeza não deverá ir uma boa parte ao ar, mas segundo o feedback que recebi de Patrícia após a edição da gravação, pontos chaves da conversa serão exibidos.

Na ocasião falei sobre as blogosferas, sua importância e também a respeito da nova sociabilidade ‘reproduzida’ com o advento das mesmas. Pude deixar a dica de alguns serviços para os blogs, destacando os ‘agilizadores de conteúdo’ como no caso do “delicious.com”.

Porém, acredito que o grande ponto em especial destacado, fora a importância da “Blogagem de Qualidade”, bandeira esta, que faço questão de destacar inclusive o grande esforço para ser coerente com a causa na blogosfera “willpubli”.

Vale lembrar, que neste bloco será também exibida a entrevista concedida por Renato Di Giorgio, onde a esfera rolou dentro das Redes Sociais Digitais dos amantes da música, como Last.fm entre outras.

O programa “Realidade”irá ao ar nesta próxima segunda-feira as vinte e três horas no canal SBT. E segundo a equipe, alguns dias depois será enviado uma cópia do mesmo para os entrevistados, estarei publicando o vídeo no meu canal do ‘vimeo’. Uma vez registrado neste repositório, todos tem acesso quando precisarem.

Caso queira enviar alguma mensagem, você pode escrever para o email: willians.abreu@gmail.com .

Fica o convite, defenda você também esta causa, apóie a idéia da “Blogagem de Qualidade”.





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Wednesday 22 October 2008

#1 Comutação Verbal – Final: "Nossos dados estão bem guardados digitalmente?"




(por Sérgio Amadeu)


"TEIAS DE DADOS EMBARAÇAM A NOSSA PERCEPÇÃO"


Por onde começar? A guarda dos dados na rede das redes podem ser analisados sob diversos aspectos.

Primeiro, o do ponto de vista do controle. A partir do momento que temos as diversas possibilidades das arquiteturas descentralizadoras e distribuídas do IP convivendo com uma estrutura altamente hierarquizada do DNS, vivemos uma situação de permanente disputa entre a opacidade da comunidade do controle e a navegação trasnparente da maioria dos internautas. Alguns dados nascem da nossa navegação e são crescentemente valiosos para o capitalismo cognitivo, para a análise e definição de padrões de comportamento. Outros são dados que geramos para os mecanismos de busca todas as vezes que queremos encontrar algo a partir deles. Sem dúvida, é preciso garantir o anonimato de todas as maneiras na comunicação em rede, do contrário teremos nossa privacidade e nossa liberdade de observação e navegação completamente tutelada e acompanhada pelos bots vigias, pelos provedores de acesso, conexão e gatekeepers da busca.

Segundo, do ponto de vista de nossos arquivos armazenados digitalmente. Uma parte dos nossos dados foram guardados em formatos proprietários, mantidos por uma única empresa. O que acontecerá daqui a dez anos quando quisermos abrir um velho arquivo? Estaremos nas mãos de empresas de software proprietário que descontinuam seus produtos e alteram formatos exatamente para aprisionar seus clientes e os obrigarem a adquirir novas versões do software. Qual a saída? Sem dúvida alguma, utilizar padrões abertos, desenvolvido colaborativamente, não-proprietários, não-patenteados, que possam garantir que seus formatos poderão ser utilizados por quaisquer aplicativos independente da empresa ou coletivo que o desenvolveu. Por isso, considero necessário esclarecer a importância estratégica do ODF (Open Document Format).

Terceiro, um livro dificilmente não pode ser encontrado mesmo estando esgotado. Uma biblioteca inteira também não pode ser destruída a não ser em caso de um grande incidente. Mas vários sites desaparecem de um dia para outro e portais são retirados dos servidores sem o menor aviso prévio. O projeto Archive tenta manter parte da memória que estamos perdendo no cenário digital. Mas ele é insuficiente. Quando o Poder Público muda de gestão, em geral, altera-se os sites e ao invés de mantê-los em arquivos (inclusive design) para consulta em uma área específica, simplesmente o novo gestor desaparece com muitos dados. Os portais públicos ainda não são considerados documentos públicos, somente os dados que estão impressos em papel é que geram processos criminais ao serem destruídos. Interessante como é complexa a manutenção da memória no mundo digital.

Quarto, a metalinguagem digital permite que uma série de dados sejam reunidos e multiplicados sem desgaste de suas bases de dados originais. Isto deveria ser explorado, permitindo novas experiências e cruzamentos que podem ser realizados pela exploração de modelos de computação distribuída, tal como o BOINC. Boa parte dos dados devem ser disponibilizados para as práticas recombinantes, que sem dúvida é a melhor forma de garantir utilidade criativa a sua existência nesse mundo do Petabyte e do Exabyte. Mas, essas questões e outras que passam pela hipótese do armazenamento holográfico de dados ficam para posts futuros.



Sérgio Amadeu da Silveira
Professor do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero
Ativista do Software Livre














Deixo aqui os meus agradecimentos para os dois nobres convidados que cordialmente colaboraram com a blogosfera brasileira compartilhando suas observações aqui.

Não percam as próximas postagens, até lá.







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Monday 20 October 2008

A sociedade do controle.



É impressionante como estamos vendo a cada novo dia o crescimento das opiniões a favor do controle da internet. Ora, algo que fora tão menosprezado no seu surgimento, agora é motivo de disputa eleitoreira, ambições alheias, estratégias comerciais e todo o tipo de especulação gananciosa e má. Não se esquecendo, que este movimento prol-controle está ganhando força mundialmente. E para piorar, os discursos são em sua maioria com tons enganadores e se utilizam do pretexto anti-pedofilia na rede. Está é a sociedade do controle?

Vejamos, na França o projeto de Lei Sharkozy, na Inglaterra as primeiras leis de punições a downloads na rede, nos E.U.A Bush em seu final de mandato assinando sanções envolvendo o MySpace, já no Brasil o polêmico e esdrúxulo projeto Azeredo ainda em votação. Estes são apenas alguns poucos exemplos, a realidade é bem mais ampla, no qual não deverei citar todos aqui.

A pergunta crucial é, a internet pode ter um dono? Você concorda com isso ou sequer parou para avaliar a questão. Há alguns que dizem que sim, mas, os mesmos aos serem questionados nem ao menos sabem onde “Eles” querem chegar. Tão poucos alguns ‘renomados’ podem explicar tamanha bizarrice sem se abster da questão ‘pedofilia’ na rede. Não quero subestimá-los, mas sexo e pedofilia sempre existiram, com rede ou sem rede. Aliás, através da Web tivemos um mega conhecimento do tamanho do problema.

Fico me perguntando sempre, como imaginar algum órgão controlando a internet, como será o envio dos nossos dados, os assuntos pessoais e pertinentes de cada indivíduo na rede, suas idéias, opiniões, contribuições, discussões e por aí vai. Tenha toda a certeza, do jeito que as grandes empresas e seus ‘conchavos’ políticos lutam para isso, esta questão é mais perigosa do que podemos imaginar. Pois, uma vez que a sociabilidade humana tendo mudado com o advento da internet, seu controle e gerenciamento por órgãos inteiramente parciais e com anseios reais ainda desconhecidos, corremos o sério risco do aprisionamento das idéias individuais e anônimas.

Ou seja, já iremos visualizar o fim das redes sociais ou o princípio da morte das mesmas. Deixando mais claro, elas serão as primeiras a serem atingidas em cheio com as variadas formas de controle dos diversos países. Tópicos de discussões e posts com dicas e reflexões poderão sofrer sanções absurdas caso sejam interpretados como abusivos e contra as diretrizes de controle estabelecidas.

Isto, não é nem a ponta do ‘iceberg’ do problema, se aprofundarmos nesta reflexão chegaremos a visualizações catastróficas e insanas ao todo.

Aproveito para fazer uso de uma citação do autor Thomas Jefferson, onde ele dizia que “uma idéia é como uma chama de uma vela, quando você acende outra vela você não perdeu a chama”. Como proibir downloads e uploads, isto é, a comutação dos dados na rede? Não me resta nenhuma dúvida quanto ao absurdo que estou presenciando ao mesmo tempo, em que quase não vejo praticamente nenhum ‘estardalhaço’ social contra este levante horroroso.

Tenho absoluta certeza, que não será um medíocre post como este que escrevo, o suficiente para mudar algo, porém, é uma das poucas coisas que ainda me resta para tentar desesperadamente ‘acordar’ os que dormem. E ver se ao menos tenho a felicidade de ver os outros milhares de blogs começarem um levante mundial para esta reflexão. Peço perdão aos que se sentirem ofendidos, pois, logicamente não sou o primeiro a falar disto, ainda bem. Alguns poucos nobres pensadores também já começaram discussões em prol desta vital causa para o desenvolvimento da humanidade.

Antes que um dia nos barrem, peço a todos que lutem por este ideal.

“Não a sociedade do controle”.






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Wednesday 15 October 2008

#1 Comutação Verbal – Parte II: "Nossos dados estão bem guardados digitalmente?"




Leia a primeira parte deste post aqui:


(por Bruno Rodrigues)


• Não sabemos o que é Conhecimento

A produção de Conhecimento ainda vive seus primeiros momentos. De que serve uma 'teia' de informações se o que fazemos é apenas consultá-las, como em um grande arquivo?

Poucos são os que retornam à web para registrar a modificação que ela fizeram em suas vidas, seja em um fato corriqueiro do dia-a-dia ou em uma guinada de vida. Ou seja, a participação do cidadão comum ainda é pouca como a vemos hoje; não é subindo vídeos pessoais para a Rede, criando galerias de fotos ou ajudando a pautar ou comentar matérias jornalísticas que tornaremos a internet em algo realmente 'orgânico'.

Talvez a grande lição desta discussão esteja em perceber que a 'teia' de verdade está em nós, no Conhecimento que produzimos a cada Informação que colhemos, nas experiências que vivemos e trocamos, no que de transformador há no Saber - a saída está em cada uma de nossas mentes, portanto.

Tomara que ainda tenhamos tempo para aprender com o que construímos e notar que utilizar a nós mesmos como o maior repositório de Conteúdo que a Humanidade, em qualquer tempo, poderia sonhar, é a saída para o futuro e a Informação Sustentável.


Bruno Rodrigues:
Especialista em Informação para a Mídia Digital
Autor de 'Webwriting - Redação & Informação para a Web'
Coordenador da Pós-Graduação 'Gestão em Marketing Digital'(DIG 1) das Faculdades Integradas Hélio Alonso (RJ)
http://bruno-rodrigues.blog.uol.com.br/
http://www.twitter.com/brunorodrigues






Na próxima semana:
É a vez de conferirmos as observações do professor Sérgio Amadeu no Comutação Verbal.













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Monday 13 October 2008

Já estão abertas as inscrições do Campus Party 2009.


Foto: As milhares de máquinas na Bienal do Ibirapuera este ano.

Como não lembrar dos ótimos momentos que tive ao participar do Campus Party 2008 em fevereiro deste mesmo ano, além das ótimas palestras foi maravilhoso as diversas oportunidades de networking que o evento propiciou. Fazendo com que alguns se tornassem grandes amigos depois, entre “#nobs” e eventos relacionados a blogosfera brasileira na cidade de São Paulo.

Bem, não precisa nem dizer, mas já dizendo, recomendo o evento para todos os aficionados por tecnologia e principalmente uma banda de qualidade, que na edição 2009 será de 10GB segundo os realizadores do evento. Ora, nada mal, pois, na primeira edição no Brasil, eu pude desfrutar com os demais uma conexão de 5GB, infelizmente chega ser espantoso se compararmos com a ridícula e cara banda oferecida no País.

Na ocasião estive postando direto do evento, acompanhando diversas palestras e trazendo informações frescas da fonte, foi sem dúvida, uma experiência única, ao qual devo repetir o feito em janeiro do próximo ano.




Foto: Willpubli postando direto do evento, by Frederico Mendes.

Fica a dica, aproveite logo, as inscrições para o Campus Party 2009 já estão abertas. Será em São Paulo, de 19 a 25 de janeiro, no espaço Imigrantes (onde teve a Bienal do Livro).

Para ler as postagens antigas clique aqui.




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Wednesday 8 October 2008

Estréia: Comutação Verbal - "Nossos dados estão bem guardados digitalmente?"



Olá, este é o nosso primeiro quadro do bloco “Comutação Verbal”. Onde tenho o grande prazer de discutir os assuntos relacionados ao Cibermundo com a opinião de vários profissionais e mestres brasileiros que estão atualmente no País ou fora dele. Quero desde já agradecer aos diversos convidados que gentilmente aceitaram o convite de exporem suas opiniões nesta blogosfera. E o resultado disto tudo, será as várias reflexões sobre os mais diversos temas do mundo digital. E para começar bem o bloco, a estréia será com a participação de Bruno Rodrigues (Especialista em Informação para a Mídia Digital) e Sérgio Amadeu (Ativista do Software Livre). Tenham todos uma boa leitura, lembrando que ao todo serão quatro postagens, sendo uma por semana. Até a próxima.


(por Bruno Rodrigues)

Podemos confiar tanto na internet?

Estamos colocando na Rede tudo o que produzimos durante milênios como forma de armazenamento, concentração do saber e facilidade de acesso ou a aceitamos como um real ciberespaço, como ele estivesse ali sempre, como nossa própria atmosfera? Se nem nela confiamos mais, e há décadas lutamos com fervor para perpetuar o ar que respiramos, o que dizer do que pensamos, produzimos e registramos? Há ingenuidade em nossa atitude, sim. É preciso que tentemos pressentir de onde virá o perigo, por mais science fiction que pareça.

Há alguns pontos a observar, portanto:

• Sofremos da Síndrome do Século XX

É bom apresentá-la: a imensa maioria dos que vivem neste início de século é filha do século XX e, portanto, confia em excesso em si mesma. Vivemos duas grandes guerras como jamais o mundo vira. Assistimos, maravilhados, a tecnologia levar o homem à Lua e criar o microcomputador. No apagar dasluzes, já éramos amantes da internet e escravos do celular. Tínhamos nossos defeitos, mas quem superaria o século da penicilina? Somos produto da Era que se achou o ápice da evolução, aquela que apontava para o futuro como uma conseqüência do que já foi feito, apenas. Será? Veio o 11 de Setembro e ficamos quase isolados, a internet a cambalear. A barbárie está a 300 anos daqui, ou basta um ruído no tempo para os anos que faltam ser contados nos dedos?

• Não sabemos armazenar Conteúdo

A internet me parece algo frágil, o Saber da Humanidade sendo fragilmente, perfeita como alvo. Mesmo sabendo da capacidade regeneração que tem a informação posta na Rede - se um computador some daqui, há outro acolá para acessá-la, e multiplique esta ação por milhões, em caso de perigo -, ainda assim contamos com a energia elétrica. A web é o primeiro repositório de informações onde sua permanência depende de um fator externo, ao mesmo tempo responsável por sua existência e seu extermínio. Fosse assim com o papel, ainda estaríamos na Pré-História.


Bruno Rodrigues:
Especialista em Informação para a Mídia Digital
Autor de 'Webwriting - Redação & Informação para a Web'
Coordenador da Pós-Graduação 'Gestão em Marketing Digital'(DIG 1) das Faculdades Integradas Hélio Alonso (RJ)
bruno-rodrigues.blog.uol.com.br
www.twitter.com/brunorodrigues






Continua...













0713

Wednesday 1 October 2008

O fim do Wi e do Fi se aprovado o projeto Azeredo.



Como imaginar que alguns “abestalhados” pensem vinte e quatro horas no domínio da web e da internet? Tentar compreender tamanha aberração me parece um tanto quanto difícil, exigindo muito mais da minha capacidade de raciocínio além do esperado, disto tenho certeza. Vejamos, enquanto alguns jornalistas brasileiros, entre eles, os principais jornais da atualidade, hesitam em ler e compreender de fato o projeto de controle do senador Azeredo, gerando uma possível ‘mídia’ contraditória e errônea, isto é, exaltando o esdrúxulo projeto como defensor da não pedofilia, onde sequer é citado o termo dentro do projeto, “Eles” não se depararam com o absurdo em que estamos sujeito a sermos condenados se for aprovado o mesmo.

Ora, uma vez aprovado, uma série de hábitos comuns hoje em dia, por exemplo, ouvir músicas em seu MP3 será algo já considerado infrator e caberão as severas punições previstas nos artigos, entre elas a reclusão (cadeião mesmo) de um a três anos.

Também será o fim do anonimato na rede, cabendo aos provedores de acesso identificar os usuários, com nomes e IPs de acesso, como também guardar todos os seus rastros por até três anos.

Teremos também a proibição e o fim de vez das transferências de arquivos através do BitTorrent entre outros similares, o fim das redes abertas em bares, por exemplo, onde caso não seja identificado quem foi o usuário que promoveu o acesso a rede de alguns desses pontos, ocorrerá sanções legais ao dono do estabelecimento.

Contrariando totalmente o princípio lógico da internet, onde “sua arquitetura garante o anonimato, a privacidade e a liberdade de conteúdo”.

Para se ter uma idéia da complexidade do que estou falando, observe com atenção os principais artigos (do mal) intrínsecos nas linhas obscuras redigidas pelo senador. Lembrando que ele está seguindo totalmente a estupidez do projeto Sarkozy na França. Preste bem atenção, nos pontos do projeto aqui.

Agora para compreender melhor, leia o artigo dos mestres “André Lemos, Prof. Associado da Faculdade de Comunicação da UFBA, Pesquisador 1 do CNPq.,Sérgio Amadeu da Silveira, Prof. do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero, ativista do software livre e João Carlos Rebello Caribé, Publicitário e Consultor de Negócios em Midias Sociais”, visite o link aqui.

Caso você ainda tenha alguma dificulade em compreender os principais pontos deste projeto, envie suas dúvidas para o email desta blogosfera, informado no campo “about me”. Aproveito para também informar que este tema ainda contará com outros posts complementares até o fim de ano.

No mais, pela liberdade de expressão e cidadania, declare o seu voto contra este projeto assinando o abaixo-assinado virtual neste link, antes que “Eles” também possam tentar de alguma maneira coibir o seu e o direito de todos.




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Monday 29 September 2008

Estréia: Comutação Verbal, coming soon!








Eles irão falar sobre os desafios do cibermundo, dizer o que pensam e tudo que não esperam acontecer. Comutação verbal, entende?







o resto é ...

Thursday 25 September 2008

Publicidade do Setor Público já corresponde a 30% do faturamento das agências.



Estamos vivenciando desde dois mil um aumento do investimento público nas ações de propaganda. Realmente os Governos Federais, Estaduais e Municipais começaram a utilizar e muito estas ações, principalmente na TV e Rádio, porém, os meios digitais já entraram na somatória dos recursos, por exemplo, a primeira campanha inteiramente digital do Governo Federal noticiada aqui neste ano. O fato é que o mercado publicitário nunca faturou tanto com “Eles” os políticos, a ponto de levar vários publicitários a se especializarem em propaganda política, seja ela eleitoral ou de obras governamentais.

Para se ter uma idéia nos últimos doze meses, foram abertas duas mil licitações para o setor público, correspondendo a trinta porcento das receitas da propaganda brasileira, segundo a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda).

Outro detalhe importante destacado pela federação foi à mudança no perfil dos anunciantes públicos, isto é, antes a grande a maioria das ações eram feitas para a esfera federal, de alguns anos para cá, houve um aumento considerável da participação das prefeituras, incluindo câmera de vereadores, tribunais de contas e assembléias legislativas que até então, não contratavam este tipo de serviço.

Ainda segundo o presidente da federação, Ricardo Nabhan deixou claro que isto só foi possível depois do estimulo e das reuniões promovidas pelo sindicato das agências (Sinapros) em todo o país.

O único problema na minha opinião, haja visto os inúmeros escândalos nos últimos anos envolvendo agências de publicidade e órgãos públicos, é saber como anda a fiscalização nesses processos. Uma vez que, ainda não temos os mesmos até onde sei, ‘às claras’, umas das possíveis opções de acompanhar os passos do governo é através do site “Transparência Brasil”.

No entanto, como já fora deixado claro pela organização do portal, muitos dados ainda são negados pelo governo, evitando assim uma maior apuração destes.

Se por um lado o setor publicitário comemora os últimos resultados, a quem reclame dos enormes gastos políticos com tais ações, fica aí a sua reflexão, qual deve ser o seu real ponto de vista, quero dizer, deve ser na ótica profissional ou como cidadão?

Não me compreenda mal, mas apenas para fechar este post, você já deve ter ouvido este velho jargão popular, “Há males que vem para o bem”. Entenda como preferir, citei-o apenas como elo nesta reflexão.




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Tuesday 23 September 2008

Pesquisa monitora preferência universitária em São Paulo.



Faz todo o sentido que um dos posts bem visitados desta blogosfera venha ser  o que fala da “comunicação com jovens” postado em outubro de 2007, na ocasião abordei um estudo sobre tendências feito pela Editora Abril. Realmente desde que este público começou a ditar as regras muita coisa mudou, inclusive o anseio do mercado em entender e compreender as necessidades e gostos mercadológicos dos jovens. Na semana passada mais um estudo nesta mesma esfera foi realizado pelo Ibope Inteligência a pedido da revista Offline, da Editora Novo Meio, este estudo foi divulgado no jornal impresso Propmark, e aproveito para compartilhá-lo aqui.

Toda a amostragem foi colhida com cerca de trezentos e cinqüenta alunos de trinta e cinco Instituições de Ensino da capital paulista, entre a faixa etária de 18 e 27 anos.

O estudo revelou alguns pontos intrigantes, confesso que algumas escolhas apontadas pelos entrevistados, lembrando que a abordagem foi inteiramente espontânea, contabilizando quatorze mil dados, segundo informou o gerente de atendimento e planejamento do Ibope Inteligência, Marcelo Castilho, me deixaram realmente perplexo, como por exemplo, o energético que liderou a preferência dos universitários paulistanos.

Outro ponto em questão foi o da cerveja, cotada como bebida preferida deste público, a Skol não liderou a preferência na pesquisa, aparecendo em terceiro lugar, vindo atrás de Brahma e Original. Confesso que também fiquei surpreso.

Bem, achei melhor colocar os dados que foram divulgados no jornal PropMark nesta lista a baixo:

Sites:
Google – Orkut - UOL

TV Aberta:
Cultura – Globo - Record

TV por Assinatura:
Discovery – HBO - Warner

Operadora de TV
Net – SKY - TVA

Rádio:
Jovem Pan - Kiss FM - Nova Brasil FM

Comércio eletrônico:
Americanas.com - Mercado Livre - Submarino

Portais
Globo.com – Terra - UOL

Refrigerantes
Coca-Cola – Fanta - Guaraná Antarctica

Energéticos:
Burn - Flash Power - Red Bull

Cervejas:
Brahma – Original - Skol

Bebidas saudáveis:
Ades - Del Valle - Mate Leão

Destilados
Absolut - Johnny Walker - Smirnoff

Carros:
Civic(Honda) – Corsa(GM) – Gol(Volkswagen) – Peugeot – Stilo (Fiat)

Motocicleta:
Harley-Davidson – Honda – Yamaha

Som automotivo:
Kenwood – Pioneer – Sony

Artigos esportivos:
Adidas – Nike – Puma

Roupas:
Adidas – Hering – TNG – Zara

Roupa íntima:
De Millus – Hope – Lupo – Mash – Valisère – Zorba

Jeans:
Levi’s – M Officer – TNG

Tênis:
Adidas – All Star – Nike

Óculos de sol:
Oakley – Rayban – Chili Beans

Cosméticos:
Avon – Boticário – Natura

Preservativos:
Jontex – Olla – Preserv

Televisores:
LG – Philips – Sony

Computadores:
Dell – HP – LG

Celular:
Motorola – Nokia – Sony Ericsson

Operadoras:
Claro - Tim – Vivo

Finanças:
Bradesco – Itaú – Real

Cartões de crédito:
American Express – Máster Card - Visa


No mais, se você está planejando ou desenvolvendo uma ação específica para este público é prudente se antenar nas dicas.




0713

Friday 19 September 2008

Falta de atenção no trabalho é culpa da Web?



Essa questão atinge em cheio diversas pessoas, sejam elas o empregador ou o empregado. O que, aliás, tem sido uma queixa bastante comum nos dias atuais principalmente quando os colaboradores têm acesso à internet. Eu mesmo já pude presenciar comentários bizarros em que se justificava o atraso no ritmo de trabalho mero e exclusivamente por culpa do acesso a web. Bem, o que não é verdade, pois, ter acesso a web, serviços de messenger entre outros, não pode a meu ver, ser julgado como o grande problema na falta de atenção dos colaboradores de qualquer empresa, inclusive onde trabalho, não que esta situação ocorra por lá, ainda bem, mas o que é de fato então?

Vejamos, no nosso dia-a-dia milhares de informações são expostas, não me lembro exatamente quem foi o responsável pelo estudo que comprovava ser aproximadamente cinco mil informações diárias exibidas para cada um de um nós no decorrer do dia. Onde, milhares sequer ficaram realmente gravadas em nossa mente, já outras não só ficaram como também foram decodificadas e estarão permanentemente inseridas em nosso “disco rígido cerebral”.

O fato, é que impulsivamente dividimos a atenção das nossas tarefas com milhares de outras coisas, e o pior, com a tecnologia da informação atrelada a velocidade da mesma após o fim dos suportes, ficamos a mercê de tentarmos abraçar todo o conteúdo que nos interessa em um dia, uma hora, um navegador, enfim, tudo que nos possibilita acesso as mesmas.

Gerando uma espécie de necessidade mental, física e profissional diariamente, o único problema na minha opinião e que talvez venha explicar as queixas dos empregadores, é que ao passo em que as informações estão chegando cada vez mais rápidos e por múltiplos meios, nossa mente ainda continua ‘estagnada’ em um mesmo compasso como também na mesma base de processamento.

Isto quer dizer, que estamos sendo bombardeados por uma estrondosa ‘massa’ de conteúdo em uma mesma mente, com a mesma memória e velocidade de raciocínio.

A internet comunica sim, as coisas que que antes não eram comunicadas, porém, vivenciamos hoje uma certa escassez da atenção a ponto de classificarmos a existência de um déficit de reflexão.

O que possa sugerir, se olharmos pelo seguinte ponto de vista dos milhares de conteúdos que nos chegam, não existe tempo suficiente de atenção. Somados as cargas dos trabalhos, a nova relação entre os ‘interagentes’ foi fundamental para os diversos serviços agilizadores que indexam e desenvolvem mais conteúdos, como o Google por exemplo.

Fomentar essa discussão é algo necessário para todos nós, afinal, você concorda que ‘a técnica não é suficiente para mudar a comunicação na sociedade’, como já disse Dominique Wotton, ou que a comunicação apenas atravessou o estágio da face-a-face através das técnicas?

(...)




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Monday 15 September 2008

Uma viagem a Cuba em três post - Última Parte


Outdoor na estrada, a caminho da cidade de Cienfuegos em Cuba.
...

"As dicas"


Com tudo o que vivi e aprendi em Cuba, cheguei a algumas conclusões sobre o lugar. Com isso, fechei algumas dicas para quem está afim de seguir esses passos.

1. Não conte com cartão de crêdito. São pouquíssimos lugares que aceitam e o governo ainda cobra uma taxa absurda de 11% sobre o valor da compra. E, claro, American Express é banido na ilha.

2. Leve roupa velha para dar aos cubanos e doces e canetas para as crianças. Todo mundo vai pedir para você e isso ajuda a fazer amizades.

3. Fique em casa de cubano. Eles tem uma placa branca e azul na porta com os dizeres “Arrendador Divisa”. São totalmente legais, limpas, aconchegantes, todas em que ficamos tinham ar condicionado e muitas têm banheiro no próprio quarto. Pagamos de 15 a 25 pesos cubanos conversíveis (equivalente ao dólar), variando conforme a cidade. Vale a pena jantar nesses lugares.

4. A comida é ótima fora dos hotéis. E horrível neles.

5. Pechinche tudo o que você for comprar. Eles sempre abaixam o preço para você, normalmente até a metade inicial.

6. Feche o preço da corrida de taxi antes de entrar no carro. Sempre levando em conta o tópico 7. O povo que não trabalha com turismo é muito feliz e satisfeito, apesar de pobre. Já o que trabalha, ou seja, tem muito contato com turista, reclama muito, te ajuda muito e no final chora por gorjeta.

8. Saia do roteiro básico Havana-Varadero. A maioria dos turistas só vão a esses lugares e, me desculpe, isso não é Cuba. A Cuba verdadeira está nos outras cidades, na estrada, nas casas de cubanos, nos bares, nos restaurantes...

9. O mojito da Bodeguita Del Medio, o mais famoso de Cuba, é mais caro e não tem nada demais. Tome apenas um, só pra dizer que tomou. Já o daiquiri da Floridita, talvez o mais caro da cidade, realmente é o melhor.

10. A maioria da população é pobre, a classe media é bem achatada, mas não há miséria. Ninguém passa fome, não existe sem teto nem mendigo. E você pode conversar sobre tudo com qualquer pessoa. Todos são muito cultos e têm muita noção do que acontece no país deles e no resto do mundo.

11. Junho, julho e agosto são muito quentes. Mas o fim de ano é muito cheio de turistas – é a alta temporada. E outubro é a época dos furacões. RS... faça a sua escolha.

12. Não existe cerveja gelada em Cuba. Eles tentam, mas nunca conseguem gelar uma latinha.

13. Não há violência alguma no país. Caminhe e viaje tranqüilamente.


E boa viagem.





Daguito Rodrigues é formado em jornalismo e cinema e atualmente trabalha como redator publicitário na agência Salles Chemistri, em São Paulo no Brasil.








Agradecimentos a cordialidade dos relatos de Daguito nesta blogosfera.
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Estréia: Comutação Verbal, coming soon!







Eles irão falar sobre os desafios do cibermundo, dizer o que pensam e tudo que não esperam acontecer. Comutação verbal, entende?






o resto é ...