Friday 29 August 2008

Uma viagem a Cuba em três posts - Parte II/5


Foto: Centro de Cuba, by Daguito Rodrigues

A Viagem...

Cuba é um pais alegre, musical e muito colorido. Sua principal fonte de renda é o turismo, então eles fazem de tudo para que você volte ao seu país falando maravilhas do lugar. Alem disso, o cubano é naturalmente simpático e adora conversar.

Nos quatro dias que ficamos em Havana, conhecemos praticamente todos os pontos turísticos. Fortes, museus, bares, restaurantes, igrejas, fomos até no cemitério e no bosque.

Para quem já foi à Bahia, Havana Vieja, com suas ruelas, construções antigas e muitas igrejas, é bem familiar.

Você vê muitos carros anos 50, mas vê também alguns Ladas e alguns carros mais modernos.

Mas nossos grandes momentos na cidade e no resto da viagem foram conversando com os cubanos.

Numa tarde de sol e calor, sentamos num barzinho cheio de árvores e com uma fonte perto do nosso hotel, em Havana Vieja. Fumamos um charuto cubano, bebemos mojitos e cervejas – quentes, como já disse. Ali, conhecemos Felito. Um pintor que praticamente mora naquele bar, vivendo das gorjetas dadas pelos turistas cujos desenhos são feitos por ele.

Felito se juntou à nossa mesa e logo trouxe o casal de velhinhos que tocava ali para os turistas e, enquanto o tempo passava, foi trazendo mais cubanos para o nosso papo. Política, esporte, música e divagações de mesa de bar. Conversamos sobre tudo com todos. Eles sem beber, só pelo prazer de falar e ouvir.

Isso se repetiu ao longo de nossa viagem. Em Trinidad, uma cidade muito parecida com Ouro Preto e recomendadíssima por nós, fomos pescar com arpão com dois cubanos. Tiramos os peixes do mar e levamos para a praia, onde assamos na brasa ali mesmo e comemos com as mãos. Depois, conversamos durante horas com os dois pescadores.

De carro, rodando por Cuba, você realmente conhece a ilha e seu povo. Você vê pessoas nos acostamentos com um leque de moeda nacional nas mãos pedindo carona – vão pagar pela gasolina. Vê muito pau de arara parando no meio da pista para as pessoas subirem e descerem. Vê tratores como meio de transporte.

Mas as estradas não são velhas e esburacadas como eu esperava. Claro que não são um primor. A principal delas, a Autopista ou Ochovías, não tem nenhuma sinalização. Nem as tradicionais faixas que dividem a pista são pintadas no asfalto.

Mas não tivemos problema algum, apenas um pneu furado em Trinidad, que percebemos quando saímos de Playa Ancón. Os dois cubanos pescadores que estavam com a gente trocaram pra mim.

Fomos a lugares que quase nenhum turista vai. Conhecemos o enorme pântano Cienaga Zapata. As praias da Bahia dos Porcos. A pequena e simpática cidade de Cienfuegos. A menor ainda, mas nem tão simpática, Sancti-Spiritus. A cidade onde Che está enterrado, Santa Clara, com um museu dedicado a ele realmente emocionante. As mais diversas praias freqüentadas pelos cubanos. A pequena Matanzas, ali perto de Havana. Fizemos uma trilha até uma das mais belas cachoeiras e piscinas naturais que já vimos em Trinidad – e voltamos pela trilha a cavalo, sob sol e chuva. Fomos a uma discoteca feita dentro de uma caverna, em Trinidad, com direito a morcegos sobrevoando o lugar. Comemos muita lagosta, que variava de 6 a 8 cucs. Vimos muita novela brasileira nas casas, com José Mayer dublado em espanhol. Ouvimos muitos elogios a essas novelas, e muitas criticas ao Barcelona que não queria liberar o Ronaldinho para as Olimpíadas de Pequim. "Não sabemos jogar, mas adoramos futebol. Principalmente, claro, o brasileiro", diziam. Fomos confundidos como italianos e espanhóis. Alguns, diziam que éramos franceses e argentinos. Um me chamou de árabe.

Conhecemos a incrível Cueva de los Peces, uma caverna inundada bem perto da praia, de água verde e gélida, cheia de peixes coloridos. Alugamos snorkil e mergulhamos ali e no mar, do outro lado da estrada. Foi um dos lugares mais incríveis, de água turquesa, cheio de peixes e corais. Uma onda jogou minha namorada sobre um deles, os chamados corales de fuego, que, segundo ela, queimam muito. Seus braços e pernas ficaram muito marcados durante dias. Os cubanos nos recomendaram passar água do mar, claro, e vinagre. Almoçamos num restaurante espetacular e barato ali na Cueva mesmo, de frente pra caverna inundada. Comemos lula e camarão.

Mas também fomos a dois lugares bem turísticos, com hotéis all-incusive – você paga um preço fixo e tudo está incluído, de bebida e comida a passeio de barco. Cayo Santa Maria, o cayo mais recomendado pelos cubanos, é espetacular. Fazendo snorkil numa das praias, encontrei um trator amarelo de brinquedo no fundo do mar. Claro que eu trouxe de lembrança. Varadero também é muito bonito, mas os hotéis são velhos e o lugar é muito cheio.

Cuba é um lugar realmente incrível. E o cubano é mais incrível ainda.

"Sermos cultos para sermos livres".





Daguito Rodrigues é formado em jornalismo e cinema e atualmente trabalha como redator publicitário na agência Salles Chemistri, em São Paulo no Brasil.








Continua...








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Thursday 28 August 2008

Cresce o número de ações Socio-Culturais como previa Philip Kotler em 1980.


Foto: Marlboro é um dos patrocinadores dos uniformes escolares.

Atualmente estamos vendo o crescimento maciço das ações Socio-Culturais promovidas por grandes empresas em todo o mundo. Como se fosse um movimento da “moda bussiness” as grandes corporações atrelaram as campanhas e eventos na esfera social e cultural como o grande álibi dos tempos modernos. Se puder ser resumido desta maneira, eu diria a “Época da inversão sócio-cultural”.

Caso você venha me questionar o porque desta colocação, quero deixar claro o seguinte pensamento: Investir em ações socio-culturais não ameniza o problema social como não fazê-las também não ajuda. Neste ponto temos um grande conflito, o que está certo então?

Eis a incógnita, se observarmos alguns pontos chaves veremos o grande contraste que envolve esta temática, pois, podemos começar, por exemplo, com as cotas de carbono (deixando claro não ser necessariamente este o foco do post), mas como uma empresa destrói em algum canto do mundo, polui toda a atmosfera, degenera aquela região ocupada por anos e depois, como uma espécie de “indulgência” compra um pacote de cotas de carbono em um outro país e automaticamente, conseguiu cumprir seu plano de conservação do ambiente.

Ora, se você refletir, poderá chegar a um consenso de que o problema apenas foi transferido ou ainda, ‘maquiado’ com questões políticas e de interesses alheios. Concluindo que o ponto crucial da questão, ou seja, o meio-ambiente não fora em nenhum momento respeitado de fato e tão pouco tratado de maneira coerente. Você ainda poderá me dizer, mas não deixa de ser um começo! Sim, mas um começo tardio e que pouco atende de fato a questão num todo. Compreende?

Voltando ao tema do post, como uma empresa de cigarros ou bebidas a exemplos aleatórios, pode investir em ações socio-culturais e dizer aos quatros cantos do mundo que está cumprindo com a sua responsabilidade social. Empresas que promovem o efeito estufa na sua produção, outras que estão encerrando de vez alguns recursos mais que escassos da natureza, se vangloriam e gastam milhões em publicidade a fim de deixar clara sua preocupação social, vendendo a idéia da sua contribuição mesquinha e interesseira.

Bancos milionários e de concentrações catastróficas de rendas, criam projetos “isso e aquilo do planeta”, e com suas estratégias de mercado, vão recebendo prêmios e mais prêmios que atestam a sua “grande preocupação”. Mudar a ‘cadeia de processos’ não me parece realmente fácil, e muitas vezes até nos preocupa a ponto de acharmos completamente impossível.

Por fim, não será este singelo post capaz de mudar alguma coisa, no entanto, ficarei feliz se ao menos contribuir na sua reflexão sobre o tema. Mesmo sendo um profissional da comunicação, fico perplexo com o aumento das “ações inversas socio-culturais”.

E o dia continua...





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Monday 25 August 2008

Nescau tradicional volta depois da onda de comentários no Orkut.



Um dia desses discutíamos na pós-graduação sobre a importância das comunidades nas redes sociais. Como no Brasil, cerca de setenta porcento dos usuários da rede utilizam o Orkut, o foco foi justamente em cima dele. Na ocasião, umas das comunidades avaliadas foi justamente a "Dependentes do Nescau", atualmente com 50.638 membros. Ela foi uma das responsáveis pela volta do Nescau tradicional.

Com frases como "Não agüento mais o 2.0!”, “Quero meu Nescau de volta!", cerca de mais de 70 mil consumidores expressaram seu descontentamento, nas comunidades relacionadas ao produto Nestlé, como também em blogs e alguns sites pessoais. Numa verdadeira reivindicação digital, em forma de ‘intimato’ os usuários conseguiram o que queriam.

Na semana passada, cada um dos mais de 50 mil participantes da comunidade receberam um e-mail de Ivan Zurita, presidente da Nestlé Brasil. "A partir do início de setembro, você voltará a encontrar nos pontos de venda o Nescau tradicional, o achocolatado de sua preferência", dizia a mensagem, festejada pelos internautas em centenas de "posts" com dizeres como: "Jura????? Vocês não imaginam o alívio que estou sentindo. Nossa pressão não foi em vão! Obaaaaa!"

O que mais se torna claro é justamente a mudança de ambiente que estamos passando, deixando claro não ser de agora, mas, ficando cada vez mais visível que as comunidades sociais digitais vem não só ganhando mais força, como também ditando regras e estratégias de mercado.

O fato do Nescau tradicional vem ilustrar ainda mais a necessidade da atenção com as comunidades e seus membros, onde é indispensável o acompanhamento como a integração com as mesmas. O cuidado é não querer interagir de maneira comercial e apelativa, como já visto em outros casos.

Ainda, a grande incógnita das empresas é entender e saber absolver as informações que podem ser filtradas nas comunidades. A ponto de interpretarem da maneira correta os anseios, críticas e sugestões dos internautas.

Fica a dica, se a sua empresa anda preocupada com a opinião a respeito do seu produto ou serviço, comece primeiro a pesquisar se existe alguma comunidade criada ou referente nas redes sociais digitais. Talvez, você poderá encontrar muita mais do que imagina, como foi o caso do “Vick Vaporub” em uma comunidade no Orkut, mas essa fica para um outro post, até lá...




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Friday 22 August 2008

Uma viagem a cuba em três posts - Parte II


Foto: Praça da Revolução em Havana, by Daguito Rodrigues

A chegada...

O vôo mais barato que eu e minha namorada conseguimos para Cuba foi com a panamenha Copa Airlines, com escala na cidade do Panamá. Foram pouco mais de seis horas de São Paulo à cidade que partiu a América, umas duas de espera no aeroporto de lá e mais duas horas e quinze até Cuba.

Chegamos por volta das 23hs do dia 7 de julho de 2008 e logo no finger – o túnel que liga o avião ao terminal – sentimos pela primeira vez o calor infernal que nos acompanhou durante toda a viagem. E nossa primeira visão do pais, claro, foi o terminal do aeroporto. Parecia um daqueles prédios anos 60 que cidades como Santos e Rio de Janeiro ainda guardam, com muito amarelo nos detalhes da arquitetura. No teto, bandeiras de quase todos os países do mundo. Nas cadeiras, ninguém. O lugar tinha poucas luzes acesas, o ar condicionado estava desligado e provavelmente mais nenhum vôo chegaria ou partiria dali.

Eu não sabia direito o que esperar da minha passagem pela imigração. Cuba é um país militarizado, cujo governo chegou ao poder na luta armada e é uma ditadura. Mas foi relativamente tranqüilo. Tivemos que entrar separados, cada um numa cabine velha de madeira com um vidro que nos separava do fiscal. Com meu passaporte e visto em mãos, o funcionário balançava a cabeça negativamente. Com certeza porque eu tinha ali no passaporte um visto para os EUA.

Com o carimbo de entrada no visto cubano, pegamos nossas bagagens, passamos tranqüilamente pela alfândega e trocamos alguns euros por pesos conversíveis. A moeda oficial de cuba é o Peso, mas os turistas só podem usar o "Peso Convertible", que é praticamente equivalente ao dólar. Apesar disso, não vale a pena levar a moeda ianque, porque a taxa de conversão ali é bizarra, então o dinheiro europeu é muito mais vantajoso.

Com dinheiro no bolso e as férias pela frente, encontramos um taxista que se ofereceu para nos levar ao hotel. E lá fomos nós em direção a um enorme carro rabo de peixe anos cinqüenta que... Não era o nosso táxi. Eu achava que Cuba só tinha desses carros antigos, mas o nosso era algum carro europeu moderno, com ar condicionado e poucos anos de uso. Abrimos a janela – vidro eletrônico - para sentir o calor das 23h30 enquanto o velho taxista ligava o rádio. Michael Jackson seguido de Madonna. Ei, na minha cabeça Cuba é um lugar isolado que odeia os EUA. Não, nada disso. Ali eu começava a conhecer a Cuba verdadeira.

Foram cerca de 30 minutos, parte deles em estrada, até o hotel. Em Havana, o carro cruzava tranqüilamente ruas escuras, ladeadas por prédios anos 50 cheios de colunas nas fachadas e completamente comidos pelo tempo. Rachados, descascados, sujos, destruídos.

Logo entramos em Havana Vieja, a região mais antiga da cidade, que lembra um pouco o Pelourinho, mas totalmente plana. E paramos numa rua escura. "Não posso ir mais longe, a partir daqui é só pedestre. O hotel é ali na frente".

Desci as malas do carro e perguntei o preço da corrida. Lá no aeroporto, na casa de câmbio, tinham me dito que daria uns 20 cucs (pesos cubanos conversíveis). Mas ali, com as malas na rua e de frente para o taxista, aprendi minha primeira lição cubana: sempre fechar o preço antes de entrar no taxi e sempre chorar um desconto. "30 cucs", disse o dublê de Compay Segundo. Chorei, pedi para baixar, mas depois da corrida feita, amigão, até aquele simpático taxista pode cobrar o que quiser.

Deixamos as malas no quarto 109, Jeremias, do Hotel Raquel e descemos para tomar nosso primeiro mojito no bar do lobby. Pedimos dois, claro. E ali, com o calor de Cuba e o frescor único daquela bebida, o garçom me mostrava as poucas marcas de cerveja do país – praticamente duas, Cristal e Bucanero - enquanto a TV passava Matrix Revolutions.

Isolada? Antiamericana? Abandonada pelo tempo? Não, a ilha não é nada daquilo que falam. A ilha é única. Algo que eu iria aprender – e adorar – nos 15 dias que tinha pela frente.

"Até a vitória, sempre".




Daguito Rodrigues é formado em jornalismo e cinema e atualmente trabalha como redator publicitário na agência Salles Chemistri, em São Paulo no Brasil.






Continua...





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Wednesday 20 August 2008

Enquanto Obama conquista na web, no Brasil é proibido o uso eleitoral. A Web tem dono?


Foto: Site do candidato Barack Obama

Engraçado como algumas coisas são levadas ao extremo e outras questões de maior importância praticamente nem são comentadas pelos magistrados. Enquanto Barack Obama segue com um dos maiores cases de propaganda eleitoral na web mundial, o TSE proíbe o uso dela nas eleições deste ano no País. Detalhe, alegam que só assim terão um maior controle sobre as campanhas eleitorais. Eu fico me perguntando, com tanta patifaria acontecendo nos bastidores, seria mesmo tão prejudicial o uso da web nas eleições?

Ora, não sou nenhum partidário e nem tão pouco estou defendo este ou aquele candidato, mas, me parece um tanto quanto contraditório essa proibição. Até porque proibir o uso de algo que não tem dono é no mínimo estranho, para não dizer ‘insano’.

Como se as plataformas on-line, no caso do Twitter, blogs e sites, por exemplo, pudessem ser proibidos, dando a entender que a web tenha um respectivo proprietário! Esta minha crítica serve apenas para levantar uma reflexão a respeito.

A citação de Obama no inicio do post vem ilustrar perfeitamente o oposto. Enquanto ele e seus assessores fazem o bom uso do twitter, youtube, facebook, seu site entre outros, nós brasileiros, amargamos a bizarrice da proibição das campanhas eleitorais na web e ainda acompanhamos o cúmulo do projeto do senador Azeredo, que além de ir contra os princípios ‘empíricos’ da internet, ainda promete gerar muita barulheira anti-projeto. (Este tema merece um post à parte)

Outra questão que deve ser observada, é que no Brasil grandes empresas de comunicação e afins, tentam ao máximo ‘podarem’ as iniciativas digitais. (Não pensem que a Globo lutou até o último momento pelo padrão digital japonês a toa) Como se a web e a internet pudessem ser de posse de alguém, iniciativas e mais iniciativas vão em cheio na contra-mão do processo da convergência digital. Este que também ainda não é compreendido de maneira correta pela grande maioria das pessoas.

Fica o seu ponto de vista, afinal é certo ou errado proibir o uso da internet nas campanhas eleitorais?




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Monday 18 August 2008

Falso “Verde” da Shell é proibido na Inglaterra, se a ‘moda’ pega?



Imagine você, anúncios mentirosos com dizeres aproveitadores sendo proibidos em todo o mundo, (rsS!) sobraria publicidade ainda?* Pois é, na semana passada um anúncio de uma das maiores companhias petrolíferas do mundo foi proibido na Inglaterra abrindo um novo parecer sobre ações semelhantes. Este caso nos parece com o da Petrobrás, lembra-se?

Acusada de fazer propaganda enganosa sobre tecnologia “verde”, a Shell publicou um anúncio de página inteira no Financial Times, onde destacava a seguinte frase “Nós investimos os lucros de hoje nas soluções de amanhã” a peça além de ser proibida, virou destaque nos principais sites de propaganda do mundo.

Segundo o “Brand Republic”, a denúncia fora feita pelo WWF-UK e aceita pela ASA (Advertising Standards Authority), onde se deixou claro que a peça citava investimentos que não eram verdadeiramente sustentáveis. Tentando evitar maiores constrangimentos e algum impacto sobre a marca, a Shell não hesitou em respeitar a proibição, no entanto disse estar de acordo com a nomenclatura permitida segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1987.

Fato é, aos publicitários de plantão, cuidado no uso do termo sustentável, ainda mais se o produto em anúncio estiver ligado de alguma maneira a conservação ou não do meio ambiente. Interpretações erradas ou ainda, o uso incorreto ou aplicação errônea do mesmo poderá implicar em sanções caso seja entendido pelo órgão competente como falsa informação.

Como citado no inicio do post, a Petrobrás passou por algo semelhante este ano com propagandas que enalteciam suas obras de exploração como também medidas sustentáveis e preocupações com o meio-ambiente. Todas as peças foram proibidas pelo CONAR e foram retiradas de circulação, inclusive alguns comerciais de TV.

Fica a pergunta, e se a ‘moda’ pega heim?





*espero que os publicitários não compreendam mal meu tom 'sarcástico'.






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Thursday 14 August 2008

Uma viagem a Cuba em três posts - Parte I


Foto: Capitólio - Ex-Sede do Governo Federal de Cuba, by Daguito Rodrugues.

"Cuba foi uma escolha fácil. Seriam minhas primeiras férias depois de 3 anos e meio seguidos de trabalho, e eu queria descanso, calor, praia, bebida e cultura. Mais do que isso, eu queria conhecer as verdades sobre a ilha. Sempre li muito a respeito da terra de Fidel e Silvio Rodriguez. Queria ver e ouvir as verdades sobre o lugar."

"Correndo contra o tempo, já que El Comandante está perto de bater os coturnos e assim tudo pode mudar, eu e minha namorada compramos a passagem e decidimos: 15 dias em Cuba, 5 deles na capital Havana."

"A pedido do willpubli, vou escrever o essencial dessa minha viagem em 3 posts. São palavras sucintas que com certeza não vão traduzir o que é o país nem como foi realmente essa viagem. Mas espero que sirva para quebrar alguns preconceitos e atiçar você a querer conhecer esse lugar."

""Você vai lá pra ver pobreza?", chegaram a me perguntar antes de ir. Ué, eu moro num país miserável, trabalho do lado de uma favela. Em Cuba, não há favelados, mendigos, sem teto, sem terra, analfabetos, meninos de rua. As pessoas são pobres e mal vestidas, as casas são velhas, o sistema de transporte é precário, mas todo mundo tem o básico para viver. Ótimos hospitais, escolas, faculdades, comida, casa. Todo mundo tem isso."

""Lá é tudo do governo, não tem propriedade". Mentira. As residências são particulares, sim. Só os comércios são 51% do governo, 49% da pessoa/empresa estrangeira."

""Cubanos são proibidos de sair de lá". Mentira. Eles podem sair, sim."

""Cubanos não podem freqüentar os hotéis, que são só para turistas". Mentira de novo. Podem, mas não tem dinheiro pra isso. No Cayo Santa Maria, hotel Meliá cinco estrelas, vimos um casal de cubanos bem humildes hospedados ali."

""Cuba parou no tempo". Um lugar com uma das medicinas mais avançadas no mundo não pode ter parado no tempo. Um lugar que acabou com o analfabetismo acho está bem à frente de muito país tido como moderno. Em uma das casas de cubanos que nos hospedamos a dona tinha computador e usava Internet."

"Cuba é uma ilha no Caribe, a pouco mais de 80 kms de Key West, a 40 minutos de avião de Miami, e que ousou apostar num modelo diferente de praticamente todo o resto do mundo. E que continuou apostando mesmo quando seus países amigos desistiram de um sistema alternativo. E que continua apostando hoje, mesmo com o Fidel fora do poder. E que em 49 anos de ditadura, nunca teve qualquer tipo de manifestação popular contra o regime."

"“Revolução é mudar tudo o que deve ser mudado”."




Daguito Rodrigues é formado em jornalismo e cinema e atualmente trabalha como redator publicitário na agência Salles Chemistri, em São Paulo no Brasil.







Continua...



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Tuesday 12 August 2008

Na época dos virais, dizer “fazer um viral” está certo ou errado?



Em uma época onde muito se diz sobre virais na internet, ouço muitos profissionais com a seguinte frase: “Vamos fazer um viral”. Neste ponto eu me pergunto, está certo esse comentário? É possível mesmo criar virais ou eles se tornam virais espontaneamente? Este é o ponto crucial em discussão hoje.

Pois bem, agências e profissionais da comunicação, entre eles, quase todos do meio digital ou imigrantes digitais falam bastante sobre virais na internet. Onde eu pessoalmente já estive com profissionais que afirmam ser possível elaborar peças que irão certamente ‘viralizar’ na rede. Como se fosse uma espécie de “vírus desenvolvido”, eles alegam existir técnicas e maneiras como em um ‘guide do viral’, cartilha ou coisa assim.

Veja, eu particularmente não concordo com tal afirmação, até porque, os estudos de diversos institutos na maioria gringos, estão buscando primeiramente compreenderem a origem e transmissão dos milhares de vírus nos humanos. Entre outros pontos, entender todo o processo, onde algo isolado ganha força, e passa a ser transmitido em grande escala em um período de tempo extremamente curto. A partir daí, diversas informações, relatos e ‘trends’ podem ser devidamente catalogados e estruturados em uma plataforma de dados.

Isto, também justifica a complexidade do tema, deixando claro, pelo menos a meu ver, que de fato os “virais” não são exatamente criados, e sim, sofrem o processo de viralização de maneira espontânea e também simultânea.

Estruturando melhor, visualizaríamos a relação da seguinte maneira, os vídeos de internet feitos para esta finalidade, já detém um visual e produção na maioria das vezes com a ‘impressão’ de trabalhos caseiros (neste momento temos o mecanismo capaz de uma possível ativação do efeito viral, porém, neste exato momento ainda não é viral), a seguir, o mesmo é publicado e tenta se gerar um impulso espontâneo divulgando-o para alguns membros próximos ao grupo de criação.

Repare, ouve um estímulo causado propositalmente no inicio (como se cientistas malucos liberassem o vírus na rua de casa para ver no que iria dar), logo após, alguns membros começam a passar o vírus (link do vídeo) para frente (o hospedeiro internauta prolifera para um grupo de pessoas próximas através do instant messenger) onde, caso aja reciprocidade na aceitação do vírus (link), começa aí a proliferação em série do vídeo.

Temos claramente uma situação involuntária neste processo e não algo meramente manipulado. Se fossemos aprofundar nesta questão, teríamos que ao menos ser experts no estudo da virologia e só a partir deste ponto, traçarmos sim em algum momento uma ação exata para a tal viralização.

A questão é importante, pois, com o crescimento mundial da exposição de vídeos em grandes portais entre eles o Youtube, começou também o aparecimento de diversas agências garantindo serem capazes de viralizar isto ou aquilo.

Realmente não duvido da capacidade e dos bons trabalhos de algumas, como também no talento de alguns amigos, mas, definitivamente não tenho como correto tamanha afirmação citada acima.

E você, já viralizou alguma coisa hoje?





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Monday 11 August 2008

Uma viagem a Cuba em três posts - Intro



Vários comentários já foram citados em volta da ‘terrinha’ de Fidel, entres eles, muitas falas maldosas e cheias de preconceito. Como se ali, fosse o pior lugar do mundo, fortalecida a visão do ‘terror’ após o embarque político pelos E.U.A, em uma demonstração de poder e supremacia.

Porém, muita coisa em Cuba funciona bem melhor do que as nossas no Brasil, por exemplo, onde a medicina e a educação fazem diferença. A ilha do ex-ditador Fidel Castro, encanta e deslumbra os turistas como também deixa claro o outro lado de Cuba.

Essa história que vamos conferir com a ajuda de um amigo que recentemente esteve em visita por lá, trazendo na bagagem mais de mil fotos e inúmeros relatos surpreendentes da sua passagem por vários dias.

Daguito Rodrigues formado em jornalismo e cinema me contou algumas dessas histórias, gostei tanto que lhe pedi pessoalmente para que escrevesse a fim de compartilharmos um pouco nesta blogosfera.

Para tornar a leitura prazerosa e evitar que a mesma se torne cansativa, resolvi dividir os relatos de Daguito em três posts, gerando o título, “Uma viagem a Cuba em três posts”.

Da cultura ao povo e suas raízes, histórias e contos de um mundo repleto de revoluções e grandes marcos, realmente uma visão imparcial e amplamente sensível à nova realidade daquele país.

Eles serão publicados ao longo deste mês, e com toda a sinceridade, a visão com que Daguito tem de Cuba hoje, é totalmente diferente pela contada na maioria dos jornais, principalmente os gringos, fique ligado na continuação deste post.





Daguito Rodrigues é formado em jornalismo e cinema e atualmente trabalha como redator publicitário na agência Salles Chemistri, em São Paulo no Brasil.







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Thursday 7 August 2008

Tintas Coral resolve renovar tudo.



O mercado das tintas de parede anda mais que aquecido, com as novas cores e a busca dos consumidores por tonalidades mais criativas, as residências estão sendo, digamos renovadas mais cedo. É como se uma boa pintura nova, faz com que sua visão e conforto mudem da “água pro vinho” literalmente.

Atualmente no Brasil, a marca que lidera é a das “Tintas Suvinil”, mas sua principal concorrente, as “Tintas Coral”, que só em dois mil e sete faturou a receita de R$ 712 milhões, se fixando como a segunda maior empresa do segmento está buscando melhorar ainda mais este rendimento.

Pela primeira vez a Coral vai modificar os nomes das tintas, numa estratégia de simplificar as nomenclaturas técnicas, o que na visão do diretor de marketing, Eduardo Takara, irá facilitar e muito o processo de compra.

Em entrevista ao jornal Propmark, ele explica que o esforço da marca é justamente simplificar o entendimento e pedido por parte dos consumidores, levando em consideração a relação existente entre os mesmos e os vendedores no balcão.

“A empresa começou o movimento de reposicionamento de marca em 2006. a iniciativa envolve uma comunicação mais próxima do consumidor, com a finalidade de facilitar o entendimento do setor, já que o segmento apresenta linguagem bastante técnica. Normalmente, o consumidor entre em contato com a categoria aos poucos, porém, com profundidade. Sendo assim, necessita de várias informações”, Eduardo em entrevista ao Propmark.

O nome dos principais produtos da empresa passarão por grandes mudanças, como por exemplo, a partir deste mês, Coralatex se chamará “Rende Muito”; Toque Sublime passará para “Decora Acabamento Acetinado”, e Coral-Plus Super Lavável será apenas “Super Lavável”.

Serão também feitas mudanças no layout das embalagens, com o objetivo de torná-las mais limpas visualmente, auxiliando na percepção do consumidor na loja.

Ainda serão criados novos produtos inteiramente relacionados às necessidades do dia-a-dia das casas, como a preocupação comum com o mofo das paredes e os revestimentos anti-infiltração de água por localidades com muita ocorrência de chuvas.

A Coral que hoje detém 30% do share nacional, vem trabalhando atualmente com sua comunicação na agência Leo Burnett. Vale ressaltar que neste ano foram destinados R$ 41 milhões de verba para as novas ações de comunicação da marca.

Querendo acompanhar mais visite o site.




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Monday 4 August 2008

Boas referências sempre ajudam.



Visitar um bom site sempre me ajuda a pensar em novos caminhos. É como se você encontrasse um rumo ainda não ‘garimpado’ com fontes e diretrizes novas. Alguns trabalhos por sua vez, de tão bons acaba por gerar em certas ocasiões um descontentamento momentâneo. Como já citado em outro blogpost, boas ‘refes’ tanto estimulam como também decepcionam dependendo da maneira como ela é recebida, e isso, na maioria das vezes é no ‘automático’ de cada um.

O bacana da internet (deixando claro que não irei me aprofundar nesta questão), é que hoje podemos compartilhar as mais diversas referências, trabalhos de qualquer parte do mundo, e logicamente, as blogosferas são sem sombra de dúvida, uma parte mais que vital do processo como um todo.

É muito bacana conferir dicas, auxiliando no possível os demais profissionais a buscarem refinarem e ao mesmo tempo, obterem os chamados ‘pontos de fuga’ dos criativos. Esta expressão talvez nem seja a mais correta, porém costumo usá-la para simplificar o meu raciocínio.

Não é prudente, pelo menos a meu ver, buscar referências só quando ‘teoricamente’ seu cérebro está ‘engessado’, fazendo com que o individuo entre em desespero por passar uma tarde toda sem conseguir pensar em nada. Não que esta situação jamais possa vir acontecer, eu, por exemplo, já tive que sair da mesa de trabalho no meio do dia, é ir até um parque florestal próximo de um antigo trabalho para pensar, refrescar a mente e voltar cheio de novas idéias. Porém, uma coisa aprendi nestes anos de profissão, não deixe para buscar algo apenas quando se precisa, antecipe os fatos e tenha uma cabeça fresca e criativa.

Hoje por exemplo, vou compartilhar algumas referências bem interessantes e com uma linha de criação que vai do lúdico, passa pelo experimental, mas utiliza no geral uma linha de criação lógica, em certos detalhes simples e muito intuitivo.

Não me leve a mal, caso você tenha achado um pouco bem entre “contraditório” meus relatos, mas na dúvida, visite os links e sinta você mesmo as suas sensações e experiências. Nada é tão mais aconselhável quanto a sua própria ação no contexto todo.





Bem, vamos lá, a primeira dica fica por conta do site do “Cirque du Soleil”, uma espécie de ‘pré-page’ com links para as páginas de alguns artistas do Circo, repare que neste ponto incial, você irá perceber um palhaço animado que o convida para visitar os links. Ao centro um círculo, uma espécie de ‘portal’, sendo mais direto, com imagens passando em meio a um desfoque e outro, ao qual também aguça a sua curiosidade.

A segunda dica vai ficar por conta do site do “Cris Angel”, com uma trilha muito sugestiva ao mesmo tempo em que tenebrosa e envolvente ternura, o site conta com detalhes de direção de arte formidáveis e bastante sensíveis ao clima sugerido na peça, quanto às características intrínsecas ao personagem. Show de bola!

No mais, é visitar os outros links, e claro, dica sempre se passa a frente, esta é uma ‘regrinha’ cordial.




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