Tuesday 12 August 2008

Na época dos virais, dizer “fazer um viral” está certo ou errado?



Em uma época onde muito se diz sobre virais na internet, ouço muitos profissionais com a seguinte frase: “Vamos fazer um viral”. Neste ponto eu me pergunto, está certo esse comentário? É possível mesmo criar virais ou eles se tornam virais espontaneamente? Este é o ponto crucial em discussão hoje.

Pois bem, agências e profissionais da comunicação, entre eles, quase todos do meio digital ou imigrantes digitais falam bastante sobre virais na internet. Onde eu pessoalmente já estive com profissionais que afirmam ser possível elaborar peças que irão certamente ‘viralizar’ na rede. Como se fosse uma espécie de “vírus desenvolvido”, eles alegam existir técnicas e maneiras como em um ‘guide do viral’, cartilha ou coisa assim.

Veja, eu particularmente não concordo com tal afirmação, até porque, os estudos de diversos institutos na maioria gringos, estão buscando primeiramente compreenderem a origem e transmissão dos milhares de vírus nos humanos. Entre outros pontos, entender todo o processo, onde algo isolado ganha força, e passa a ser transmitido em grande escala em um período de tempo extremamente curto. A partir daí, diversas informações, relatos e ‘trends’ podem ser devidamente catalogados e estruturados em uma plataforma de dados.

Isto, também justifica a complexidade do tema, deixando claro, pelo menos a meu ver, que de fato os “virais” não são exatamente criados, e sim, sofrem o processo de viralização de maneira espontânea e também simultânea.

Estruturando melhor, visualizaríamos a relação da seguinte maneira, os vídeos de internet feitos para esta finalidade, já detém um visual e produção na maioria das vezes com a ‘impressão’ de trabalhos caseiros (neste momento temos o mecanismo capaz de uma possível ativação do efeito viral, porém, neste exato momento ainda não é viral), a seguir, o mesmo é publicado e tenta se gerar um impulso espontâneo divulgando-o para alguns membros próximos ao grupo de criação.

Repare, ouve um estímulo causado propositalmente no inicio (como se cientistas malucos liberassem o vírus na rua de casa para ver no que iria dar), logo após, alguns membros começam a passar o vírus (link do vídeo) para frente (o hospedeiro internauta prolifera para um grupo de pessoas próximas através do instant messenger) onde, caso aja reciprocidade na aceitação do vírus (link), começa aí a proliferação em série do vídeo.

Temos claramente uma situação involuntária neste processo e não algo meramente manipulado. Se fossemos aprofundar nesta questão, teríamos que ao menos ser experts no estudo da virologia e só a partir deste ponto, traçarmos sim em algum momento uma ação exata para a tal viralização.

A questão é importante, pois, com o crescimento mundial da exposição de vídeos em grandes portais entre eles o Youtube, começou também o aparecimento de diversas agências garantindo serem capazes de viralizar isto ou aquilo.

Realmente não duvido da capacidade e dos bons trabalhos de algumas, como também no talento de alguns amigos, mas, definitivamente não tenho como correto tamanha afirmação citada acima.

E você, já viralizou alguma coisa hoje?





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