Estamos vivenciando desde dois mil um aumento do investimento público nas ações de propaganda. Realmente os Governos Federais, Estaduais e Municipais começaram a utilizar e muito estas ações, principalmente na TV e Rádio, porém, os meios digitais já entraram na somatória dos recursos, por exemplo, a primeira campanha inteiramente digital do Governo Federal noticiada aqui neste ano. O fato é que o mercado publicitário nunca faturou tanto com “Eles” os políticos, a ponto de levar vários publicitários a se especializarem em propaganda política, seja ela eleitoral ou de obras governamentais.
Para se ter uma idéia nos últimos doze meses, foram abertas duas mil licitações para o setor público, correspondendo a trinta porcento das receitas da propaganda brasileira, segundo a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda).
Outro detalhe importante destacado pela federação foi à mudança no perfil dos anunciantes públicos, isto é, antes a grande a maioria das ações eram feitas para a esfera federal, de alguns anos para cá, houve um aumento considerável da participação das prefeituras, incluindo câmera de vereadores, tribunais de contas e assembléias legislativas que até então, não contratavam este tipo de serviço.
Ainda segundo o presidente da federação, Ricardo Nabhan deixou claro que isto só foi possível depois do estimulo e das reuniões promovidas pelo sindicato das agências (Sinapros) em todo o país.
O único problema na minha opinião, haja visto os inúmeros escândalos nos últimos anos envolvendo agências de publicidade e órgãos públicos, é saber como anda a fiscalização nesses processos. Uma vez que, ainda não temos os mesmos até onde sei, ‘às claras’, umas das possíveis opções de acompanhar os passos do governo é através do site “Transparência Brasil”.
No entanto, como já fora deixado claro pela organização do portal, muitos dados ainda são negados pelo governo, evitando assim uma maior apuração destes.
Se por um lado o setor publicitário comemora os últimos resultados, a quem reclame dos enormes gastos políticos com tais ações, fica aí a sua reflexão, qual deve ser o seu real ponto de vista, quero dizer, deve ser na ótica profissional ou como cidadão?
Não me compreenda mal, mas apenas para fechar este post, você já deve ter ouvido este velho jargão popular, “Há males que vem para o bem”. Entenda como preferir, citei-o apenas como elo nesta reflexão.
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