Monday 15 December 2008

#remix: TV Digital Open Source e totalmente colaborativa, estou falando do Miro. Você já conhece?



Conhecer o projeto Miro foi realmente sem dúvida um ‘divisor de águas’ para mim. Através do mestre Sérgio Amadeu, pude ter a tamanha percepção da abrangência que este projeto tem. Além de compartilhar o conhecimento e a cultura, ele também abriu um novo parecer entre a TV e seus telespectadores. Porém, não se trata simplesmente do mero modelo centralizador televiso que estamos acostumados há anos e sim de um a conglomerado de webTVs e seus respectivos feeds.

Ora, durante anos fomos reféns do modelo clássico de dominação, isto é, os grandes grupos e seus modelos de negócio ditavam o horário e a programação que cada um de nós deveríamos assistir. Este aprisionamento ainda é rentável as Teles, logo, quaisquer iniciativas que vá contra esses princípios de dominação são duramente contestadas e em alguns casos, barradas definitivamente.

Não é a toa que no site do MIRO temos os dizeres "Não deixe que a Microsoft ou a Comcast decidam quais videos você pode assistir", deixando claramente o seu objetivo. O de compartilhar de maneira justa todos os vídeos dos internautas e em alta-definição. Toda a plataforma foi criada pela Participatory Culture Foundation (podemos dizer como a Fundação da Cultura Participativa), ela trabalha com a idéia de usar o RSS (Web syndication ou agregador e distribuidor de conteúdos digitais) interagindo com o BitTorrent para buscar vídeos que não podem ser vistos simplesmente pelo stream.

Bem, achei melhor também inserir neste post um #remix de alguns trechos dos textos do mestre e amigo Sérgio Amadeu, publicado no seu blog, que explica de maneira mais esclarecida inclusive em termos técnicos a dinâmica do MIRO.



(por Sérgio Amadeu)

“O avanço da digitalização atingiu uma fase que tem sido chamada de convergência digital. O que é isto? Mais do que a possibilidade dos conteúdos serem acessados por diversos tipos de aparelhos, a convergência digital permite que os grupos sociais que apostam na interatividade possam avançar suas práticas e ampliar os espaços para as suas idéias. Um destes grupos lançou o projeto MIRO. É mais uma articulação de pessoas que defendem o livre compartilhamento do conhecimento e da cultura. Entre os criadores do Miro temos Cory Doctorow, blogueiro, jornalista e escritor de ficção científica, co-editor do blog Boing Boing, e, um dos principais defensores do creative commons e da economia da pós-escassez.

Mas o que é o projeto MIRO? É uma plataforma em software livre para assitir e programar uma grade de vídeos no computador. Miro é a TV digital Open Source (de código aberto).

..., MIRO permite que você assine os feeds RSS de diversas webTVs e canais de vídeos que existem na Internet. Assim, as pessoas poderão montar sua própria programação de TV na web, eliminando intermediários e controladores de grade. Além disso, MIRO permite as pessoas assistirem seus vídeos preferidos independente do formato do vídeo, Qicktime, WMV, MPEG, AVI, XVID, entre outros. MIRO teve mais de 1 milhões de downloads, em 2006, e tudo indica que terá mais de 3 milhões este ano. Os produtores de vídeo que querem ser conhecidos, que buscam mostrar seus trabalhos o mais amplamente possível precisam dispor um feed RSS de vídeo em seus site. Assim, os milhões de internautas que já estão usando a plataforma MIRO poderão acessar rapidamente estes vídeos.

A comunidade que desenvolve o MIRO precisa de apoio. Eles dizem: "Miro é parte de uma luta para manter aberto o espaço para o vídeo online". Que luta é esta? Dezenas de grandes corporações estão tentando aprisionar os criadores de vídeo e seus leitores em sistemas proprietários de distribuição. Para eles, tal modelo é uma forma inteligente de fazer dinheiro, uma vez que força os espetadores e criadores a utilizarem exclusivamente suas ferramentas. Mas esses sistemas também são uma ameaça direta à liberdade na Internet. Para os criadores da MIRO, se estas empresas, atuando como gatekeepers (porteiros digitais), passam a decidir o que as pessoas podem ou não podem ver, é a liberdade de expressão no ciberespaço que está ameaçada.”

Para ler o post inteiro do Sérgio, clique aqui.





Baixe aqui o software do MIRO, e claro, comece você mesmo a conhecer esta fantástica ferramenta. Aliás, a divulgue também!





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