Thursday 29 November 2007

O experimentalismo e a desconstrução tipográfica.



As questões de Semiótica ditam sempre a sensibilidade e a coerência dos designers e artistas plásticos. Sim, regras como no ‘automático’ do profissional de cada um, são utilizadas no dia-a-dia. Tomar cuidado com signos e elementos tipográficos ideais dentro de cada proposta de layout, são fundamentos primordiais para o enriquecimento do trabalho, como também proporcionam um maior sucesso na comunicação. Este é o nosso 3º post, tenha uma boa leitura e até a próxima.

“A linguagem e a escrita são dois sistemas de signos distintos; o segundo existe com o único propósito de representar o primeiro. O objeto lingüístico não é ambas as formas escritas e faladas das palavras; as formas faladas tão somente é que constituem o objeto. Mas a palavra falada está tão intimamente associada à sua imagem escrita que a última termina por usurpar o papel principal. (Saussure 1916/1974: 23-24, ênfases minhas)”

“Privilegiar a fala tratando à escrita como uma representação parasítica e imperfeita da mesma é uma maneira de por de lado certas características da linguagem ou aspectos de seu funcionamento. Se distanciamento, ausência, desentendimentos, insinceridade e ambigüidade são características da escrita, então ao distinguir a escrita da fala se pode construir um modelo de comunicação que toma como norma um ideal associado à fala – onde as palavras sustentam um sentido e o ouvinte pode em princípio pegar precisamente o quê o locutor tem em mente. (Culler 1982: 100-101, ênfases minhas)”

“Derrida indica a impossibilidade de um simples escape da metafísica: não é possível simplesmente rejeitar tais noções como ‘conceito’, ‘significado’, [conteúdo,] etc.: ‘eles são necessários e presentemente pelo menos nada pode ser pensado sem eles’ (De la Grammatologie, p.25). A questão não é [simplesmente] refutar estas idéias mas sim como ‘sacudir por completo’ a tradição da qual fazem parte.”

“O signo é o ‘elemento central de nossa cultura’ e é devido à primazia que lhe é conferida nas teorias do sentido e da linguagem que tem possibilitado a repressão do materialismo. Contudo, por sua ambigüidade, o signo também abriu a possibilidade de afirmação do materialismo. Porque tão logo se questione a noção de ‘significado’, o próprio signo é problematizado, o que sugere que a linguagem é um movimento de significantes.’ (Coward & Ellis 1977:125, ênfase minha)”

Flávio Vinicius Cauduro
Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade dos Meios de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAMECOS-PUC/RS).






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...continua na próxima quinta.









0713 conv. Jefferson Cortinove

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