Thursday, 25 October 2007

Moderno desenho, o Grafismo como linguagem.



Dando sequência ao nosso estudo, hoje temos a segunda postagem sobre o tema "Grafismo como linguagem". Lembrando, no 5º o assunto é sempre design. Tenha uma boa leitura, até a próxima.

"No princípio do século XX, várias correntes artísticas influenciaram de maneira marcante e contribuíram para o desenvolvimento do layout até às publicações dos dias atuais. As linhas geometrizantes do cubismo alinhadas às idéias construtivistas e abstracionistas de outros movimentos artísticos de igual relevância enriqueceram o desenvolvimento e o aprimoramento do moderno design da página impressa."

"Segundo Allen Hurlburt, à época em que a Escola Bauhaus encerou suas atividades, em 1993, o moderno desenho era uma idéia plenamente desenvolvida: "A arquitetura evoluiu para o estilo internacional e o design industrial tornou-se uma nova forma artística, baseada nas estruturas estabelecidas nas oficinas Bauhaus. No desenho gráfico, a assimetria estava firmemente instituída; a tipografia havia encontrado novas expressões, diretas e simples; e a crescente importância da publicidade era um fato incontestável, a partir da criação dos cursos de propaganda do Bauhaus, ao final da década de 20. O movimento moderno colocou uma nova ênfase nas cores primárias - vermelho, amarelo e azul - bem como nas formas primárias - quadrado, círculo e triângulo". (1980: 42)"

"A contribuição do pintor holandês Piet Mondrian, em princípio do século XX, é um dos exemplos dos rumos tomados pelo moderno layout, quando propõe o quadro como produto industrial equivalente aos outros elementos da cultura de massa já instituídos pela moderna tecnologia. Em suas figuras geométricas representadas por retângulos e quadrados, envolvidas por combinações assimétricas e uso das cores primárias - vermelho, azul e amarelo -, tenta alcançar o equilíbrio entre o objetivo e o subjetivo, isto é, a formalização direta da beleza universal e a sua expressão estética em si mesma."

"Com o desenvolvimento da reprodutibilidade técnica, a tipografia leva a imprensa a mudanças radicais. É pelo layout das páginas que o jornal reflete através dos textos e ilustrações organizados em arranjos espaciais, a visão do mundo. De modo mais acentuado que a pintura, é a página de jornal que expressa essa nova realidade do homem transformado nos centros urbanos, presa aos caprichos impostos pela industrialização."

Rafael Souza Silva
Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP); mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP); professor do Programa de Mestrado em Comunicação - UniSantos; diretor e professor-titular da Faculdade de Comunicação UniSantos e jornalista.




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...continua na próxima quinta.









0713 conv. Jefferson Cortinove

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