Thursday, 21 February 2008

Design Gráfico virou moda ou febre como no Direito?



É impressionante se voltarmos no tempo, mais precisamente há uma década atrás, onde o design gráfico nem era tão vigente assim. Existiam algumas faculdades e uma grande dúvida sobre este profissional. E muitos ainda resumiam este profissional erradamente como um mero desenhista.

O fato, é que de lá para cá, cresceu absurdamente os cursos de design gráfico em vários segmentos, industrial, moda, web entre outros disseminando inúmeros cursos ligados à área.

Porém, algo ruim está acontecendo. O primeiro disso tudo, é que a profissão ainda não está de fato regulamentada ocasionando que alguns trabalhos não possam ser registrados em carteira com tal definição. Consequentemente não há amparo na lei para o recebimento de direitos trabalhistas por parte do governo, ou ainda, existe muita dificuldade para a assinatura da responsabilidade de projetos entre outras devido a este problema.

A própria definição do termo na língua portuguesa, onde concordo plenamente não ser tão grave assim, mas ela acaba sendo também um dos empecilhos para a sua regularização, que em hipótese alguma pode ser definida como um mero desenhista. Algo absurdamente errôneo e contrário à magnitude cabível a estes profissionais.

Por último, vejo um sério problema, e porque não dizer um ‘terror’. A criação dos inúmeros cursos de design gráfico no País tem preocupado não somente os já profissionais no mercado, como tem me chamado atenção para o seguinte dilema. Cursos de Design se tornaram moda ou febre como no caso das faculdades de Direito?

Digo isso, com a seguinte preocupação. Como no caso das graduações de Direito, onde foram abertas aos milhares, cursos e mais cursos, tivemos nos anos passados, a exemplo em 2007, uma reprovação gigantesca nos provões e inúmeras Instituições de Ensino tiveram seus cursos barrados pelo MEC. Motivo, a má aprendizagem neles e a falta de uma grade curricular coerente com a formação necessária dos discentes.

E os cursos de Design? Estão tomando o mesmo rumo, ou ainda, devem ser avaliados com provões? Fica a grande dúvida, como exigir um reconhecimento e regularização desta profissão neste atual momento. Quais mecanismos deverão ser articulados para resolver, o que a meu ver, já é um problema.

Que esta questão possa ser muito mais explorada.





0713

5 comments:

marcos rangel said...

Acredito que o está acontecendo na verdade seja um crescimento do mercado de design, como também acredito que; o que importa mesmo é o resultado final do trabalho, a conclusão do projeto. Os cursos de design, assim como as faculdades, nos dão base e conhecimento que só vem agregar valor e experiências que um profissional de design deve acresentar ao seu projeto. No mais, se é moda ou não, tanto faz, quanto mais profissionais na área, maiores as chances de mudar alguma coisa na situação com o governo e reforma na regularização dos direitos dos profissionais da área.

abraço,

willians de abreu said...

Interessante esta abordagem Marcos, vc é designer gráfico?



abs.

Anonymous said...

A diferença entre o Direito e o Design Gráfico, é que não se encontra uma faixa numa escola de computação, ou semelhante, escrito: "Curso de Direito em seis meses!"
Na minha opinião, não só o curso virou moda, mas a palavra Design. E eu, pessoalmente, não acho isso interessante.

Willpubli said...

Agradeço seu feedback Vinicius.
Tks.

Unknown said...

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