Thursday 27 December 2007

O experimentalismo e a desconstrução tipográfica.



Ser ou não ser, fazer ou não fazer? A verdade é uma só, com tantas opções geradas pela tecnologia nos softwares gráficos, os designers inovaram totalmente sua maneira de trabalho e de pensamento. Se levarmos em consideração toda a trabalheira que se tinha a mais de duas décadas atrás na produção de um layout, comparado aos dias atuais, fica a incógnita no ar. Perdeu-se o brilho da criação autoral, ou ocorreu um ganho enorme na facilidade dos trabalhos? Fato ou não, temos sim, uma grande agilidade atualmente com tantas ferramentas. Tenha uma boa leitura e até a próxima.

"Para completar o quadro, várias modalidades visuais (textos, desenhos geométricos, gráficos, fotos, pinturas, objetos em 3 dimensões) podiam ser então facilmente geradas e/ou processadas por uma só pessoa e integradas pelo computador gráfico à uma página ou a um slide de apresentação, já que os aplicativos haviam se tornado mais diversificados e fáceis de usar, enquanto a matéria-prima permanecia sendo sempre a mesma: pontos luminosos (pixels), preto-e-branco ou coloridos, numa tela de vídeo."

"A gama de alternativas de ação, passíveis de execução a qualquer momento, também foi se tornando cada vez mais ampla, à medida que os programas visuais foram evoluindo. De tal forma que hoje se indaga: o que é que o computador ainda não me permite fazer? Ao invés de enumerar uma lista muito grande de opções."

"A complexidade dos recursos, a heterogeneidade dos elementos visuais processados, o realismo das simulações WYSIWYG, a fragmentação da criação em passos cada vez menores e a possibilidade de modificar cada vez mais detalhes pontuais das peças, leva os designers a procurarem fugir de dogmas e fórmulas concebidas em épocas em que a manipulação tipográfica ainda era muito limitada, cara, demorada e sujeita às restrições de ordem física."

"O operador/programador, que anteriormente vivia subordinado à sintaxe da máquina, passa agora à condição de usuário/controlador de um sistema muito rico em possibilidades de input, processamento e output de sinais. Tudo o que se exige agora é que o sujeito tenha um fluxo abundante de idéias para serem testadas pelo computador; e que valorize ao máximo os complexos e sofisticados recursos que utiliza tentando criar soluções cada vez mais inovativas e originais."

Flávio Vinicius Cauduro
Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade dos Meios de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAMECOS-PUC/RS).





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...continua na próxima quinta.








0713 conv. Jefferson Cortinove

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