Saturday 15 December 2007

Banco de vozes.



Empresa, que já seguia tal tendência em trabalhos específicos, resolveu oficializar a prática para oferecer opções de vozes mais autênticas para as agências.

A produtora de som Tesis aposta na organização de um banco de vozes inéditas, composto por pessoas comuns, sem formação de ator ou locutor, para interpretar campanhas publicitárias. Há algum tempo a empresa já vinha seguindo essa tendência em trabalhos específicos; agora, entretanto, resolveu oficializar a prática para oferecer opções de vozes mais autênticas para as agências. Isso não quer dizer que a produtora deixará de trabalhar com atores profissionais ou locutores; no momento, a pretensão é de agregar o talento natural de não profissionais para tornar os spots de rádio mais próximos da realidade.

"Nossa idéia é fugir de alguns vícios de interpretações, realizadas pelos profissionais do mercado, para oferecer vozes comuns em criações que exigem essa autenticidade", explica o sócio-diretor da Tesis, Silvio Piesco. Segundo ele, a participação de pessoas comuns contribui inclusive com o texto da criação, evitando que passem diálogos estereotipados em campanhas que procuram estabelecer uma identificação direta com o público.

Até agora, a empresa já gravou cerca de 400 pessoas, destacando as 30 que hoje estão registradas no banco de vozes - tipos que vão desde repentistas nordestinos encontrados no centro da cidade até uma funcionária da área de contabilidade que trabalha dentro da própria Tesis. Mas os participantes estão sempre em rotatividade, sendo elaborada uma nova pesquisa de garimpagem para cada campanha encomendada.

Piesco afirma que não oferece preparação de ator para as pessoas do banco de vozes; elas simplesmente são selecionadas por sua voz natural adequada à criação da campanha. O produtor musical, que já teve experiência como diretor musical no teatro, afirma que a intenção é fazer com que os participantes sintam-se em uma situação "real" que esteja descrita no roteiro da campanha para extrair um tipo mais espontâneo de narração. Ruy Barata Neto(Meio&Mensagem)







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