Thursday 13 December 2007

O experimentalismo e a desconstrução tipográfica.



Neste 5º post sobre “Experimentalismo e desconstrução tipográfica”, temos uma curiosidade, isto é, como eram vistos os designers que ousaram com novos formatos no uso da tipografia e todo o drama gerado em cima do experimentalismo dos mesmos na década de 80. Visto como ‘insanos’, eles foram precursores daquilo que vemos ao vários exemplos atuais. Seja em revistas, sites, jornais, digital papers entre outros. Tenha uma boa leitura e até a próxima.

“Tipografia’ é a arte, ou habilidade, de projetar a comunicação que se realiza por meio da palavra impressa. Ela compreende o design de livros, revistas, jornais, folhetos, panfletos, cartazes, anúncios, bilhetes, na verdade de qualquer coisa que seja impressa e comunique alguma coisa às pessoas por meio de palavras. O comunicar por meio de imagens – i.e. por meios pictóricos ou por símbolos, em contraposição a palavras – é uma espécie diferente de habilidade... embora um tipógrafo tenha muitas vezes que lidar com ilustrações...’ (McLean 1980: 8, ênfases minhas)”

“Os novos microcomputadores pessoais e seus aplicativos gráficos, principalmente combinações do tipo Apple Macintosh–Aldus PageMaker, deram a seus usuários a possibilidade inédita de controlar uma ampla gama de atributos visuais dos textos que podiam ser agora compostos, deformados (se necessário) e diagramados na tela – e não mais simplesmente processados (isto é, podia-se ir além da simples conversão automática de keystrokes e comandos fixos de diagramação em blocos de textos impressos em papel fotográfico para posterior corte e montagem em mesas de paste up).”

“Os novos PCs gráficos da Apple também possibilitavam integrar blocos e colunas de textos com imagens e elementos geométricos (fios, círculos, elipses, retângulos, molduras). A página virtual, mostrada pelo monitor, passou a ser formada através da digitação de tipos no teclado e por manipulações analógicas escolhidas de um menu de possíveis transformações oferecidas pelos aplicativos gráficos (dentre os quais se sobressaía o utilíssimo Super Paint da Silicon Beach Software), com a ajuda de um indicador-puxador-clicador espacial, também analógico, conhecido como mouse.”

“Na época heróica do DTP (dos 72 dpi de resolução gráfica das impressoras), que cobre o período 84-86, começam a aparecer trabalhos de estudantes de design que, mais entusiásticos e audazes que a maioria de seus colegas já estabelecidos profissionalmente, exploram inteligentemente a baixa definição dos tipos digitais. Eles utilizam essa limitação como pretexto para uma nova estética gráfica, hi-tech, mas que é rejeitada pelos tradicionalistas como sendo ‘brutalista’ e até mesmo ‘obscena’ (sic, vide Meggs 1989).”

Flávio Vinicius Cauduro
Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade dos Meios de Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAMECOS-PUC/RS).





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...continua na próxima quinta.








0713 conv. Jefferson Cortinove

1 comment:

deh said...

ola gostaria de saber o nome dessa tipografia que esta escrito "comunication".. eu não consigo achar um tipografia que seja de maquina de escreverr mas que tenha esses quadrados pretos também!
muito obrigada