Wednesday 19 September 2007

Wireless público como ferramenta social.



O município fluminense de Piraí, a uma hora de distância da capital do estado do Rio e habitado por cerca de 18 mil pessoas, foi escolhido pelo Ministério da Cultura para promover um encontro de autoridades governamentais federais, estaduais e municipais, ativistas e militantes da cultura, professores, pesquisadores e artistas de vários gêneros com o objetivo de discutir uma política pública de acesso à internet. O evento aconteceu na segunda-feira (10) passada.

Imagine um lugar com wireless gratuito para toda a cidade, com cabines como as de telefones públicos onde em vez de orelhões existem computadores para que os moradores acessem a internet.

A cidade ficou mundialmente conhecida em 2005, quando passou a oferecer a sua população internet rápida (banda larga) por meio de conexão sem fio. Transformou-se em uma espécie de meca virtual, para a qual os defensores da cultura digital se voltam sempre que querem demonstrar como uma infra-estrutura pública de acesso à rede mundial de computadores pode modificar a realidade sociocultural de uma determinada localidade. (Da Agência Brasil)

Reconhecida pela Unesco e já tendo recebida diversas premiações na Europa, Piraí vem se destacando dia-a-dia por ser um pólo virtual.

“Banda larga é essencial, na realidade, para a cultura, mais do que para qualquer outra coisa, porque outras coisas podem trafegar em banda menores. É só a cultura que tem caminhões pesados do ponto de vista de bits e bytes, porque a cultura trafega audiovisual que precisa de banda, trafega imagem, música, estas são as grandes demandas de largueza da banda.”

“O impacto sobre a economia da cultura é brutal. Mas ele é muito maior se a gente prestar atenção na questão da auto-estima do cidadão brasileiro, se a gente prestar atenção na inclusão de forma muito ampla e genérica – não é inclusão digital, não, é inclusão do ser humano na possibilidade de ser cidadão que a banda larga traz. Esse fenômeno cultural nos interessa para além da questão das coisas específicas de produtos culturais que possam estar impactando a economia da cultura. A economia da cidadania é que vai ser catapultada a graus extremamente elaborados e sofisticados para uma política pública de banda larga.”
O coordenador de Políticas Digitais do Ministério da Cultura, Cláudio Prado. (Leia+)





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