Como um 'bom' leitor, eu não poderia deixar de ler o querido João Ubaldo Ribeiro. Cá entre nós, abrindo um pouco da minha rotina pessoal, todos os domingos à noite vou até o posto para ler o caderno Cultural do Estado. E claro, ler as irônicas críticas de Ubaldo. Esta última foi fenomenal, e lógico, Ubaldo que me perdoe, mas eu tinha que redigir trechos da mesma no post desta segunda-feira.
A política do relaxogozismo, por Ubaldo: “Não sei, na minha opinião, estão querendo nos dizer alguma coisa, ensinar-nos novos comportamentos ou amestrarmos mais adequadamente, para prosseguirmos no florescer de nossa exuberante vocação de otários, acomodados, explorados, esnobados, individualistas ou excluídos da locupletação geral”...
“Refiro-me às operações da Polícia Federal, em que nos mostram gente presa, algemada e encarcerada, para pouco depois vermos todo mundo solto e nada mais acontecer, até porque aprendemos a consumir escândalos.”
“Acho que o que querem nos dizer é que não adianta chiar. É o relaxogozismo estendido a toda a vida nacional.”
Esse trecho é de dar 'gargalhadas', rs! Agora, leia o próximo...
Esse trecho é de dar 'gargalhadas', rs! Agora, leia o próximo...
“Leio aqui numa revista americana uma notícia não muito clara sobre juízes federais, acho que na Flórida, terem aceitado trocar as penas de detenção ou reclusão de alguns condenados leves por prisão domiciliar, contanto que o condenado pagasse uma certa contia ao Estado”... (US$ 5 mil por dia).
Ubaldo, neste momento deixa claro uma idéia, que na sua opinião está dentro da política de governo relaxogozismo, ou seja, vendo o exemplo americano, ele resolveu adaptar a idéia pro nosso “jeitinho brasileiro”, preste atenção!
“Ela certamente não é perfeita, mas é aperfeiçoável e creio que, com a pitada de programa social que incorporei, poderá ser mais um adorno na coroa desse governo, que faz tudo pelo social. A idéia é a seguinte: em vez de pagar ao Estado para curtir a pena em casa, o abonado paga a um pobre para ir para a cadeia por ele. Já pensaram no alcance disso? Sentiram o imediato impacto no mercado de trabalho e na renda das classes menos favorecidas”.
Bem, Ubaldo vai um pouco mais longe, diz ainda que o governo irá fiscalizar tudo, todos que forem pra cadeia no lugar de bacana, deverão ter carteira assinada, férias e abonos salariais... Rs! Parece piada, mas não duvide, porque algum parlamentar estúpido pode achar interessante a idéia e leva-la a votação.
Como Ubaldo, eu concordo: “Relaxe e Goze” poderia ser mesmo o lema do governo, um governo otimista, bonachão, aberto, bem-humorado. O único problema é que para nós só fica a parte do relaxe.
João Ubaldo Ribeiro
(Itaparica, 23 de janeiro de 1941) é um escritor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras.
Principais obras do autor
Romances:
Setembro não tem sentido - 1968
Sargento Getúlio - 1971
Vila Real - 1979
Viva o povo brasileiro - 1984
O sorriso do lagarto - 1989
O feitiço da Ilha do Pavão - 1997
A Casa dos Budas Ditosos - 1999
Miséria e grandeza do amor de Benedita (primeiro livro virtual lançado no Brasil) - 2000
Diário do Farol - 2002
Contos:
Vencecavalo e o outro povo - 1974
Livro de histórias - 1981. Reeditado em 1991, incluindo os contos "Patrocinando a arte" e "O estouro da boiada", sob o título de Já podeis da pátria filhos
Crônicas:
Sempre aos domingos - 1988
Um brasileiro em Berlim - 1995
Arte e ciência de roubar galinhas 1999
O Conselheiro Come - 2000
Ensaios:
Política: quem manda, por que manda, como manda - 1981
Literatura infanto-juvenil:
Vida e paixão de Pandomar, o cruel - 1983
A vingança de Charles Tiburone - 1990
Leia +
0713
Romances:
Setembro não tem sentido - 1968
Sargento Getúlio - 1971
Vila Real - 1979
Viva o povo brasileiro - 1984
O sorriso do lagarto - 1989
O feitiço da Ilha do Pavão - 1997
A Casa dos Budas Ditosos - 1999
Miséria e grandeza do amor de Benedita (primeiro livro virtual lançado no Brasil) - 2000
Diário do Farol - 2002
Contos:
Vencecavalo e o outro povo - 1974
Livro de histórias - 1981. Reeditado em 1991, incluindo os contos "Patrocinando a arte" e "O estouro da boiada", sob o título de Já podeis da pátria filhos
Crônicas:
Sempre aos domingos - 1988
Um brasileiro em Berlim - 1995
Arte e ciência de roubar galinhas 1999
O Conselheiro Come - 2000
Ensaios:
Política: quem manda, por que manda, como manda - 1981
Literatura infanto-juvenil:
Vida e paixão de Pandomar, o cruel - 1983
A vingança de Charles Tiburone - 1990
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