Inocêncio Salvador, andava pelo sítio.
Ao passar por um pé, colheu uma maçã.
Resolveu come-la em casa, que ficava no Planalto.
Chegando por lá, a colocou sobre a mesa.
Sua mãe Câmara Federal, trouxe outras.
A de Inocêncio se misturou entre elas.
Porém, ele não sabia que nela continua um verme.
Verme poderoso, fedorento e sujo.
'Corruptions Sapiens', que ao se desenvolver,
corrompe por dentro e alastra para as outras.
Inocêncio de tão inocente.
Não procura mais pela sua.
Está com fome e nem se importa.
Como o povo quando vota.
Passado alguns dias,
o verme que já tomara conta.
Agora se alastra e detém grande parte.
Maçã por maçã, elas vão se corrompendo.
O verme se lambuza e prospera.
Gosta do que vê e faz.
Rindo a desgraçar as que estão por baixo.
E lá vem Inocêncio Salvador,
com sua pança aparentemente cheia.
Pega mais uma e come estragada.
Não vê nada, no que mistura.
_ É tudo igual, diz ele.
Como o “vota mais faz”.
Da maçã que estraga nas mãos de Inocêncio.
willians de abreu
Friday, 6 July 2007
Desabafos 13 - "A maçã que estraga"
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