Fazer uma crítica sobre um evento dessa magnitude não é fácil. É realmente pisar em ‘cascas de ovos’, primeiro porque conheço alguns dos envolvidos na elaboração do evento, segundo, para quem está de fora sempre se torna mais fácil falar bem ou ruim, e terceiro, críticas muitas vezes não são bem-vindas.
Mas afinal, o que realmente melhorou ou piorou da primeira edição para esta?
Ora, deixo muito claro que esta minha análise é inteiramente imparcial, como também, ela se justifica pelo meu apreço por esta iniciativa somando a minha preocupação em ajudar a toda nobre equipe a permanecer com algo tão importante para o desenvolvimento e apoio tecnológico as novas gerações no Brasil.
Assim como na primeira edição, o Campus Party infelizmente teve sim alguns erros, no entanto, o que realmente me preocupou foi o recorde em números de participantes atrelados aos diversos problemas apontados pelos mesmos.
Gerando um ponto de reflexão sobre a relação entre o número expressivo de participantes x problemas de estrutura. Seria de fato esse um dos motivos para tantas queixas? Ou a estrutura montada de última hora, esta informação ainda não confirmada oficialmente pelos integrantes do projeto, mas, foi evidenciada logo no primeiro dia, onde a rede de internet não estava devidamente funcionando na abertura do evento.
Outro ponto que preocupou a muitos, foi a questão da segurança, haja visto, que como já fora postado e twittado por alguns, pessoas de má índole passaram por alguns seguranças com máquinas sem cadastro, também houve queixas de alguns furtos, quando apenas uma máquina fotográfica fora roubada na edição anterior. Ainda, algumas pessoas conseguiram passar com o crachá do ano passado.
Bem, posso dizer com toda a certeza que a grande maioria presente, estava extremamente interessada no que diz respeito a tecnologia, infelizmente, como todos os lugares, existem alguns desnorteados, que fazem de tudo para aproveitarem do momento da pior maneira possível.
Lógico, isto, em nenhum momento justifica os erros, porém, não posso hesitar em pontuar. Embora no ano passado, o critério da segurança fora em minha opinião, bem mais rígido, pairou a dúvida sobre a devida informação e preparação das pessoas que estariam trabalhando no local. Pois, a desinformação este ano por parte da equipe se mostrou bem maior se comparado a primeira edição.
Outro ponto me chamou atenção, a proximidade dos stands em relação as bancadas não foi bem aceita pela maioria das pessoas que estive conversando, tudo porque, o barulho entre as palestras atrapalhava tanto os palestrantes como os participantes em cada campus. Sendo evidente, com as queixas de alguns convidados nas mesas.
Agora, e os pontos bons?
Se analisarmos do ponto de vista sobre o que esse evento representa, teremos de fato, um divisor de águas, onde a dimensão tecnológica intrínseca ao aprimoramento das novas gerações, como igualmente ao aprendizado das gerações provindas da era analógica, seremos capazes de compreender a dificuldade encontrada em ações como esta.
Elaborar e desenvolver uma cidade digital com aproximadamente sete mil pessoas alojadas em um único espaço durante sete dias, é no tanto um pouco difícil. Ainda mais, se reparamos que ainda nos falta o que posso dizer “uma educação digital’. Onde, certos avanços se esbarram na dificuldade de entendimento e respeito com tais práticas.
O Campus Party, não só somou a todas as iniciativas até o momento, digo, a busca pela digitalização e interconectividade dos indivíduos em nossa sociedade, como também, vem estimulando mais apoio a causa por parte das grandes empresas.
Não contribuir com tamanha atitude, me remete a uma visão pobre e contrária, ou seja, direcionada totalmente na contramão em prol do desenvolvimento dos usuários. O Brasil, que já é penalizado pela falta de interesse público, também sofre com a falta de compreendimento de parte dos seus cidadãos.
Ao fim, manifesto aqui o meu respeito e cumplicidade com a causa, deixando claro o meu total apoio e preocupação com a continuidade do Campus Party Brasil.
Fica o meu muito obrigado.
0713
Tuesday, 27 January 2009
Os pós e contras do Campus Party Brasil 2009 por uma ótica totalmente imparcial.
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