Wednesday, 7 January 2009

Mais que "Diabos" tem a ver a crise americana com a publicidade?



Ora bolas já dizia o profeta, "alarmantes pessimistas, mansos ou cordiais", eis a grande questão. Se o tema do momento aflige alguns e beneficia outros, o enfoque me parece além de contextual, enfatizado em outras situações. Não é de hoje que a sociedade americana se mantém mera consumista, porém, o que a publicidade tem a ver com tudo isso?


Vejamos, apontado como um dos motivos pela atual crise, a falência do mercado imobiliário nos E.U.A tenha sido consumida pela a má cultura dos crediários e as famosas hipotecas. O post não vem aprofundar as questões econômicas na ocasião, mas, chamar um ponto de observação especificamente sobre o papel da publicidade nesta temática.

Se observarmos um pouco mais além a sociedade norte-america, nos deparamos logo com seus anseios de consumo, como a paixão exacerbada dos capitais. Algo hoje, intrínseco também nas demais economias capitalistas pelo o mundo. O que pode ser muito bem descrito nas obras de Karl Max, onde ele fora o maior entendedor e talvez, porque não, o único a definir muito bem o sistema capitalista.

Um ponto em especial, envolve toda a esfera da observação neste texto, seria a publicidade a grande responsável por enraizar a cultura do "compre mais" juntamente com a 'ideologia' dos longos prazos para pagar? Bem, no Brasil não é tão diferente, vemos todos os dias grandes campanhas nos diversos meios mediáticos valorizando as 'trálala' formas de pagamento e os mais diversos produtos, prontos, ou ao menos teoricamente, capazes de satisfazer o seu interesse emocional.

Por anos e mais anos, a publicidade americana, além de copiar o padrão inglês, foi capaz de fomentar como também, propiciar o hábito robusto das compras pela sociedade americana. Seu poder de percepção foi capaz de padronizar o gosto comum, na mesma batida que continuou a enaltecer esse mesmo poderio entre os interagentes do cenário.

Posso citar uma das reflexões do mestre Sérgio Amadeu, onde ele também diz que a economia é repleta de fatores psicossociais, e não exatamente uma 'regrinha' ou 'receita' para o controle dos acontecimentos.

Temos aí, um visível ponto de reflexão, as campanhas publicitárias são sim, capazes de influenciar as tendências sociais, e ainda, direcionar padrões psíquicos entre as pessoas, seus grupos e o espaço onde vivem.

Pode parecer um tanto quanto preconceituoso esta analogia, mas não se exalte, basta ser totalmente imparcial para ver que os esforços publicitários das diversas agências americanas contribuíram e muito em determinado momento para a tal crise.

A publicidade por sua vez, não é o 'bicho-papão' do cenário, ela busca cumprir o seu papel no contexto, o alerta fica por conta dos governantes e suas diretrizes, um outro ponto em comum nisso tudo, é que a história nos deixa claro que todo o império um dia caiu. Entenda como quiser esta citação, fato é que ela não pode ser desprezada.

Cortar a publicidade ou fazê-la menos agressiva, não me parece o mais correto, como tudo indica, não ser um fator primordial para mudar o cenário mundial e seus costumes de consumo. A grande questão é sem dúvida, como reeducar economicamente a sociedade mundial.

Outro ponto é que com a também crise automotiva no país, diversos grupos de agências de publicidade estão a flor da pele com as suas demissões. A Omnicom foi a primeira das grandes companhias controladoras de agências de propaganda a anunciar um grande número de demissões em dezembro, quando informou que eliminará cerca de 5% dos seus funcionários, o que representa 3 mil pessoas. Mais cortes de pessoal são esperados no EUA e na Europa em grupos como Interpublic e WPP à medida que as agências e seus clientes concluem seus orçamentos.

Será 2009 um ano sombrio? Comece a pensar...





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