Friday, 11 April 2008

O ‘humor’ passageiro da marca pode se tornar eterno com o design?



Como disse Fred Gelli no Blue Bus esta semana, onde se referia que o design tem o “... compromisso com a inspiração que vem da alma das marcas e não de seu humor passageiro”. Bem, foi muito feliz esse comentário, pois, se olharmos a nossa volta, temos inúmeras sensações provocadas pelo uso e não uso do design.

As coisas são na maioria das vezes, ou melhor, sempre, na minha visão, um conjunto ‘atmosférico de sentimentos’ transmitido por um elo.

Neste caso, o elo ao qual me refiro é o design. Em outras palavras, a cor da parede, o formato da mesa, a interface dos objetos digitais ou físicos, cadeiras, etc... Até mesmo, o corpo humano, depende necessariamente do design.

Você pode muito bem não concordar com este ponto de vista, porém, não pode discordar que sua percepção reflete certos valores sobre isso ou aquilo. Como já dito em outro blog post, sensações são responsáveis por contentamento ou aversão a algo.

Isto não é diferente com as marcas, como comunicador, as vezes paro em alguns locais e fico observando o tratamento dos presentes no ambiente em relação as marcas. Sempre estou com meu bloco de anotações, sem dúvida, já ouvi e anotei muitos comentários ‘bizarros’ e interessantes nas diversas vezes.

Infelizmente, ainda existe nobres colegas de profissão pensando como no tempo do ‘controle total’, onde não se importava muito com as sensações e interações do público com a marca. Costumo chamar ironicamente de a ‘Era do manda quem pode, obedece quem tem juízo’. Ou seja, vamos fazer isso e ponto final. Felizmente essa prática mudou e esta em constante aperfeiçoamento, onde estão buscando mecanismos capazes de fazer com que as marcas ganham vida na posse do nicho.

Subestimar a atribuição de um bom design, sendo que deixo claro, não estou falando simplesmente de criação e layout, mas se pode compreender, a evidência é a soma das sensações e o direcionamento no conjunto da obra toda.

Ignorar uma das partes, a meu ver, é sufocar as funções vitais da marca neste novo modelo de mercado. Eternize sua marca, reciclando-a no cenário onde, a presença da mesma está nas mãos do público. Use a cabeça, tenha sempre um bom design.




0713

2 comments:

Arza said...

Quando você vai pra um encontro, servir um jantar para visitas ou uma entrevista de emprego você dá uma atenção maior ao seu design. Entenda assim: Não vai ter um pé de meia em cima da mesa de jantar, não vai sair sem fazer a barba nem pentear o cabelo... E agora com a moda de "experiencia da marca", não basta só anúnciar o produto. É preciso criar um momento de prazer e interação mais profunda, onde as sensações fazem que o cliente se identifique e sinta-se bem com sua marca.

Willpubli said...

muito bom rafael!!