Wednesday, 30 July 2008

Publicidade será mesmo uma mentira? - Parte I



Esta postagem com toda a certeza é a primeira dos vários posts que estarei escrevendo sobre o tema, pois, além de contraditório este pensamento atinge em cheio toda a classe. Se você também é publicitário, irá entender onde quero chegar com esta indagação. Depois de inúmeros bate-papos informais e alguns desabafos momentâneos de alguns parceiros, resolvi levantar o assunto nesta blogosfera.

Afinal, “A Publicidade é mesmo uma mentira?”, você deve estar se perguntando onde quero chegar com isso, deixando mais claro, muitos colegas e conhecidos não tão próximos assim já se deparam sobre o questionamento se seus trabalhos são um “conjunto de farsas” com o único intuito da venda de algum produto.

Outros ainda chegaram a abandonar a profissão ao passar pelo o que eu chamo de “Crise Existencial Publicitária”, deixo claro não ser nenhum entendido em psicologia ou psicanálise, mas creio que esta analogia serve totalmente a situação. Ao perceber como já dito, que muitos se questionavam sobre a sua verdadeira função no planeta em relação aos seus trabalhos, comecei a questioná-los um pouco mais, em suma, a maioria se diz consciente dos paradoxos que cercam a carreira, mas que não vêem outro caminho, a não ser “vender ilusões” para um público específico.

É como se todos eles soubessem que “o patinho feio realmente existe, mas o mesmo sempre sai ‘bonitinho’ com olhares de ‘diamante’”, no conjunto da peça toda, uma bela mentira sempre vende bem. Realmente não é fácil encarar numa boa este pensamento, muito menos ficar refletindo neste ponto, tendo em vista que se pensar em algo ‘negativo’ sempre acumula murmuras inconscientes.

O fato é, você concorda com este ponto de vista? Seria a publicidade um mal insaciável e cheia de mentiras pra contar? Vejamos, Washington Olivetto sempre defendeu a boa e criativa publicidade, a ética entre os profissionais e o bom e velho feeling sagrado de cada criativo. Será que algum dia ele também se perguntou a respeito?

Bem, boa pergunta, eu ainda não tive o privilégio de questioná-lo pessoalmente, embora já adianto que irei tentar o feito, pois, como havia comentado no inicio do post, este tema ainda irá render outras postagens a mais. Fica a reflexão para começarmos a pensar, qual é a sua?

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