Wednesday, 16 July 2008

IV Congresso Brasileiro de Publicidade, trinta anos após o último muita coisa mudou?



Bem, estive acompanhando as noticias sobre o Congresso via sites como Meio&Mensagem, CCSP, entre outros. Também li diversas coisas a respeito em jornais e publicações do meio, porém todos me deixaram claro alguns aspectos.

Logicamente não creio que minhas observações possam estar de acordo com muita gente, e sei que elas também devem levantar talvez “algumas farpas”, mas, como o ambiente da blogosfera ‘ainda’ é democrático, vou deixar meus comentários neste espaço.

Embora algumas questões levantadas são ao meu ver bem peculiares e ótimas para render bons debates, como por exemplo, a questão da Auto-Regulamentação levada à pauta por Roberto Civita (Ed. Abril), onde o mesmo deixou claro algo para se pensar, quando dizia "Precisamos resistir às iniciativas de resolver problemas sociais complexos proibindo anúncios. Isso é simplista e perigoso. Devemos ficar atentos às tentativas de legislar sobre propaganda e sobre o conteúdo dos meios de comunicação" (via Meio&Mensagem).

Outra questão muito importante foi sobre a tributação mais justa para toda a cadeia produtiva. Ou seja, a defesa de impostos corretos para todos os envolvidos no processo de comunicação, desde gráficas, produtoras, agências e outros diversos. Este ponto também merece uma atenção especial, tendo em vista que grande parte do volume orçamentário nas campanhas sofre e muito com as altas cargas tributárias.

Agora, o que de fato me preocupou foi ver que ainda temos nobres causas sendo levantadas em meio a uma certa ‘politicagem’ ou ainda algumas ‘panelas’ do meio. Espero que não seja crucificado, mas me soa estranho alguns comentários soltos no meio do evento. Não irei me referir em especial a algum deles, pois, levantei esta observação apenas como elo de reflexão das possíveis partes envolvidas.

Creio que a causa em si, é primordial para o crescimento e aprimoramento da comunicação brasileira, o que justifica, que certos ilustres participantes e representantes de classe, devem sair de seus imaginários ‘altares’ e pensar de fato como elos intrínsecos ao processo como um todo.

Ora, chega de ‘blábláblá’ “eu acho isso e aquilo outro”, ou certos comentários do tipo “fulando é expert nisso e ‘papa’ daquilo outro”. Não vejo essa postura como algo que venha ajudar ou somar a causa dos comunicadores no País.

O que tenho em mente, e em algum determinado momento, possa estar com a razão, ou por ironia, estar levantando uma reflexão “ouro de tolo” (gancho da canção de Raul Seixas) é que após trinta anos, muita coisa mudou sim, nossa publicidade esteve no hall das melhores do mundo, caiu, chegou a ser cogitada como medíocre por pensar apenas em festivais, e por hora, parece estar novamente preocupada com resultados, métricas e uma boa criatividade de outrora.

Por fim, como profissional de comunicação, compartilho com os colegas que esperava um pouco mais. Com toda a humildade, e respeito a todos os envolvidos, mas, a causa é “mais nobre do que a ‘reza’ batida do status em dia de sabatina”. Aproveito também, para deixar os meus parabéns aos grandes defensores da comunicação inteligente e prestativa no País.




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