Wednesday 6 May 2009

A crise da segurança digital nos E.U.A.


Imagem: da rede no link via Cooliris


Nestes últimos meses estamos acompanhando os diversos noticiários sobre os possíveis ataques de crackers e hackers aos sistemas de dados norte-americanos, antes apenas visto nos diversos filmes de Hollywood, agora acontecendo quase que diariamente.

A preocupação do governo ao que me parece, fora pretensiosa ao mesmo tempo em que se manteve durante anos na soberba, haja visto, que o próprio ataque as “Torres Gêmeas” sequer haviam sido questionados antes dos atentados em 2001. Por outro lado, o governo jamais admitira possíveis falhas no seu sistema de segurança nacional.

No entanto, fatos como o que ocorreram há quinze dias atrás, quando o “Pentágono” soube da invasão dos computadores que detinham os dados sigilosos da nova aeronave de caça F-35 do exército americano, ontem fora noticiado à invasão da rede das empresas de energia elétrica no país.

O alarme vermelho “soou” expondo a fragilidade da segurança nos E.U.A, motivando o apelo dos militares para a criação da futura sede de segurança digital do governo. A sugestão que já fora fomentada anos atrás ganhou força, prometendo realmente sair do papel nestas atuais circunstâncias.

O presidente Barack Obama no inicio do mês passado, discursou sobre a elaboração do seu plano de segurança digital, onde alguns pontos foram questionados, como por exemplo, a provável verificação de e-mails dos cidadãos norte-americanos, como também, o arquivamento de todos os dados cadastrais possíveis dos usuários nos diversos bancos de dados em provedores de acesso a internet.

Embora, se tratando do governo americano, alguns pontos parecem extravasarem o direito a liberdade de expressão e a segurança da privacidade das correspondências digitais, porém, se a onda de ataques continuarem, em sua maioria provindos da China, Rússia e Arábia Saudita, tudo nos leva a crer que realmente tais posturas intrusivas serão mesmo adotadas.

O que realmente me preocupa, é se a situação americana transpassará para outros países sobre o forte apelo da segurança nacional. Não é preciso ir muito longe, no Brasil a exemplo, tivemos há pouco tempo a forte pressão para a aprovação do projeto “Azeredo”, sobre estímulos forjados em cima da causa da “pedofilia na rede”, quando, no entanto, bancos, empresas fonográficas e grandes emissoras de TV deveriam se beneficiar caso o projeto fosse deferido na câmara do senado, posteriormente sendo finalmente aprovado pelo presidente.

Estaríamos realmente a poucos passos da ‘ideológica’ guerra cibernética entre os países, ou ainda, seria este um cenário propício para uma nova “espécie” de guerra fria? Acompanhe os próximos capítulos...









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