Saturday, 23 June 2007

Você se lembra disso?


Ives Ota – seqüestrado e morto em 1997 pelos seguranças contratados pelo próprio pai do garoto (dois PMs envolvidos). Este crime que chocou a população de todo o país, não foi suficiente como todos os outros ocorridos, para se mudar a legislação penal. Mas, no caso de Ives, seus pais estão realizando uma verdadeira ação social e ainda, de que através do perdão muita coisa muda.

Os comerciantes Masataka e Iolanda Keiko Ota dedicam-se agora a dar palestras em colégios e igrejas e propor soluções para diminuir a violência. 'É uma declaração de vida para Ives', justifica a mãe. O pai, que já quis matar os envolvidos, hoje deixa claro que só vive porque perdoou todos eles. È triste, depois do resgate já pago o menino ter sido cruelmente assassinado. Infelizmente crimes como esse e o do menino João (Rio), entre outros, chocam apenas na semana em que a mídia da "ibope". Porém, sem sombra de dúvidas, a família Ota é fora de série. Manifesto aqui, meu respeito e apoio à causa que eles levantarão.



"Masataka Ota, 47 anos, natural de Tomigusuku, Okinawa, é um homem engajado na luta pela propagação da paz. Atualmente, Ota administra seu próprio comércio e promove palestras na sede do Movimento Paz e Justiça Ives Ota e em escolas, entre outras atividades filantrópicas. O okinawano, bastante religioso e ligado à família, acredita que só através do perdão o ser humano pode tornar-se verdadeiramente feliz. Bastante emocionado e esperançoso, o comerciante conta-nos de que forma superou as próprias dificuldades, engajando-se na missão, deixada a ele pelo filho Ives."
"Em 1997, no mesmo ano do acontecimento da fatalidade com meu filho. No mês de setembro, comprei o jornal e li a notícia de que o governo pretendia reduzir a pena de crimes hediondos de 30 para 15 anos. Fiquei indignado com isso. Daí surgiu a idéia do movimento. Decidi que eu iria me engajar nesta causa, além de promover a paz. Conseguimos um total de cerca de dois milhões e seiscentas mil assinaturas, colhidas no Brasil e no exterior. Tivemos uma vitória política. Na verdade, eu queria a aprovação de uma lei que previsse a prisão perpétua agrícola para crimes hediondos. Infelizmente, até agora, ainda não obtive resultados nesse sentido. Por isso continuo lutando."
www.okinawa.com.br/entrevistas/massatakaota.htm



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